E porque ontem se comemorou a Festa das Candelárias ou das Candeias – o início da Primavera dos celtas (o Imbolc) – e estamos quasi no plenilúnio, será uma excelente altura para fazer uma caminhada na natureza, de nos reconciliarmos com a natureza, de nos lembrarmos que somos natureza…
«Nós
somos animais no sangue e na pele. Nós não nascemos para pavimentos e escadas
rolantes, mas para trovões e lama. Mais, nós somos animais não só no corpo, mas
no espírito. As nossas mentes são mentes de animais selvagens. Os artistas, que
se lembram mais vivamente da sua natureza selvagem, são animais que levantam a
cabeça e captam perspicazmente um rasgo de perfume selvagem no ar e eles
sabem-no inequivocamente, eles sabem que o impulso selvagem que seguem através
da vida é afivelado por uma estranha e absoluta obediência (…) As crianças
sentem-no como um jogo mágico e intemporal. Os xamãs e os rebeldes inveterados
sabem-no; aqueles que não podem tresmalhar-se para fazer um trabalho de
sensibilidade e viver fora dos grandes centros urbanos sabem-no. O que é
selvagem não pode ser comprado ou vendido, emprestado ou copiado. É.
Inconfundível, inesquecível, elementar como a terra e o gelo, a água, o fogo e
o ar, a quintessência, o puro espírito, o indivisível. Não percas a tua
natureza selvagem: é preciosa e indispensável.»
Jay Griffiths – Wild: An Elemental Journey (Penguin
Books, 2006)
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