terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

MARAVILHAMENTO

 D'a capacidade de maravilhamento, com base em altos níveis de atenção sensorial. A atenção é o começo da devoção...




Mary Jane Oliver (1935-2019) foi uma poetisa norte-americana que teve como principal temática a natureza. Salienta-se o seu fascínio pelas caminhadas ao ar livre, especialmente em meio florestal. Caminhadas que, para ela (à semelhança de outros autores), constituíram recorrentes fontes de inspiração. A sua poesia está repleta de referências às suas caminhadas diárias.

Influenciada por Whitman e Thoreau, Oliver é conhecida pelas suas observações simples e incisivas sobre o mundo natural. Saliente-se, todavia, que, segundo a Cronologia da Literatura Americana, de 1983, a obra American Primitive: «apresenta um novo tipo de romantismo que se recusa a reconhecer as fronteiras entre a natureza e o eu observador». A sua poesia denota igualmente uma especial apetência pela introspecção e pela solidão, características que resultam na sua predilecção por caminhadas em solitário.

O primeiro conjunto de poemas de Oliver – No Voyage and Other Poems (1963) – foi publicado quando tinha 28 anos. A sua colectânea de poemas – American Primitive (1983) – ganhou, em 1984, o Prémio Pulitzer. A critica literária Alicia Ostriker referiu, acerca de Dream Work (1986), que Oliver era uma visionária como Emerson, no que concerne a capacidade de «transmitir êxtase» enquanto, simultaneamente, mantém «a consciência prática do mundo», como um predador perante a sua presa.

 

© Gillian Gamble


Ver: Wild Child


Sem comentários:

Enviar um comentário