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Holz [madeira, lenha] é um nome antigo para Wald [floresta]. Na floresta [Holz] há caminhos que, o mais das vezes
sinuosos, terminam perdendo-se, subitamente, no não-trilhado.
Chamam-se caminhos de
floresta [Holzwege].
Cada um segue separado,
mas na mesma floresta [Wald]. Parece muitas vezes, que um é igual ao outro.
Porém, apenas parece ser
assim.
Lenhadores e
guardas-florestais conhecem os caminhos. Sabem o que significa estar metido num
caminho de floresta.
(p. 3)
“Ciência da Experiência da
Consciência” reza o título que Hegel coloca no frontispício da obra aquando da
publicação da Fenomenologia do Espírito no ano de 1807. A palavra experiência
encontra-se no meio, em letras gordas, entre duas outras palavras. “A
experiência” designa o que “a fenomenologia” é. O que pensa Hegel, ao utilizar
a palavra “experiência”, realçando-a deste modo?
(p. 141)
O sujeito essência-se na
referência de representação do objecto. Mas, enquanto esta referência, o
sujeito é já a referência a si representativa. O representar [das Vorstellen] presentifica [präsentiert] o objecto, na medida em que o representifica [repräsentiert] ao sujeito, em cuja representificação [Repräsentation] o próprio sujeito se presentifica enquanto tal. A presentificação
[Präsentation] é a principal característica do saber, no sentido da
autoconsciência do sujeito. A presentificação é um modo essencial de presença [Präsenz] (παρονσία). Enquanto esta, quer dizer, enquanto o-estar-presente,
é o ser do ente do género do sujeito. A certeza de si, enquanto o condicionado
em si, é a entidade (ούσία) do sujeito. O ser subjectivo do sujeito,
quer dizer, da referência sujeito-objecto, é a subjectividade [Subjektität] do sujeito. A subjectividade consiste no saber
incondicionado de si. A essência do sujeito é constituída no modo do saber de
si, de tal forma que o sujeito, para ser enquanto sujeito, se torna constituído
apenas com essa constituição, apenas com este saber. A subjectividade do
sujeito, enquanto certeza absoluta de si, é “a ciência”. O ente (τό δν) é enquanto ente (ή δν), na medida em que o é no modo de saber
incondicionado de si do saber. Por isso, a apresentação que representa este
ente enquanto ente, a filosofia, é ela mesma a ciência.
(pp. 159-160)
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VER:
- Presente(AR)
LIVRO
HEIDEGGER, Martin. 2012. Caminhos de
Floresta. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2ª ed..
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