Subida ao Pico – Um
miradouro sobre o Atlântico
(revista OZONO, Outubro de 2000)
A subida ao Pico é certamente um dos percursos mais gratificantes do arquipélago dos Açores. O antigo caminho da Madalena à montanha ainda resiste ao passar dos anos. Por entre muros envoltos em história, surgem testemunhos de outros tempos sobre a pedra e o areão.
Pedro Cuiça © Montanha do Pico (Março/2019)
O Pico destaca-se, a grandes distâncias, na paisagem oceânica.
Avista-se de todas as outras ilhas do Grupo Central, constituindo um marco e um
barómetro para os homens do mar, bem como um tentador desafio para todos
aqueles que o sonham subir. Curiosamente, é das outras ilhas, sobretudo S.
Jorge e Faial, que esse grandioso vulcão, um cone quase perfeito, revela a sua
mística. O seu aspecto está em constante mudança, consoante a nebulosidade, a
altura do dia ou as estações do ano. Mas é no Inverno que a montanha se torna etérea,
quando o topo se cobre de um manto branco de neve.
O guia Carlos Lopes, dos Bombeiros Voluntários da Madalena, disse-nos
que, noutros tempos, “ia-se por veredas” e a subida fazia-se a pé ou a dorso de
animal. O trajecto por Casas Brancas era o utilizado. As pessoas subiam até à
furna, durante a tarde, descansavam um pouco e recomeçavam a subida de
madrugada. A furna era um ponto de referência para quem ascendia ao Pico.
“Os guias mais antigos, de que se tem conhecimento, eram o chamado ‘Salsa’,
da Madalena, e um outro que era o Vitorino, de S. Mateus; também havia o senhor
Faria”. Para o comandante Furtado, dos Bombeiros Voluntários, “esse senhor é
que balizou todos esses cabeços que aí estão com marcos”.
Por velhas veredas
Tal como os antigos, iniciamos o percurso, ao nível do mar, junto
do cais da Madalena. Dois velhos pescadores olham admirados para um barco que
parte carregado de turistas, para a observação de baleias, enquanto um deles
diz para o outro: “Estão com os coletes vestidos com medo que o barco revire”.
Os tempos são definitivamente outros…1
Passamos à beira da Igreja de Sta. Maria Madalena (séc. XVII) e
seguimos rumo a Cabo Branco. A estrada asfaltada, onde surgem desvios que
conduzem a cerrados e curraletas, passa junto do Império desse pequeno povoado.
Por entre os milheirais distinguem-se os maroiços: amontoados de pedras, com
forma de pirâmides truncadas, resultantes da despedrega dos solos.
No sítio da Ladeira Grande o caminho atravessa a estrada regional
(ER 3-2ª) para prosseguir em piso de bagacina avermelhada. Os campos de cultivo,
onde abundam as videiras e as figueiras, encontram-se agora ocupados por urze (Erica azorica), feto-ordinário (Pteridium aquilinum), incenso (Pittosporum undulatum), faia-das-ilhas (Myrica faya) e silvas (Rubus ulmifolius).
O caminho desemboca num outro, aparentemente sem continuação, mas
prossegue, no mesmo rumo, meio oculto pela vegetação. Ladeado por muros de
pedra solta, o velho carreteiro encontra-se atapetado por uma escoada de lava
negra onde se notam, por vezes, os sulcos de rodados de carroças. O silêncio é
apenas interrompido pelos passos, pelo resmalhar da vegetação e pelas aves canoras
no seu incansável chilrear.
O caminho volta a atravessar a estrada regional no Alto do
Barreiro, a nordeste do Cabeço da Cova (575 m) e, mais à frente, volta a
fazê-lo novamente. O aumento da altitude traduz-se em marcadas mudanças na
paisagem. Agora sobe-se por terrenos de pasto baldios – as pastagens de altitude
do flanco ocidental do Pico – até atingirmos a estrada de alcatrão junto de
Currais do Morais. Altura de virarmos à direita, seguindo pelo asfalto, para,
pouco depois, atalharmos por uma vereda que passa junto do Cabeço da Bola (1052
m) e do Cabeço do Capitão (1136 m).
Mais acima, à beira da estrada de alcatrão, surge a vereda que sobe
ao Pico, a menos de 500 metros de distância do Cabeço das Cabras (1231 m). No
início, a vereda, a cerca de 1200 metros de altitude, existe uma placa que
indica a distância até ao topo do Pico (4,7 km) e até ao Algar da Furna Abrigo
(900 metros). Uma outra adverte para os perigos da subida.
Pedro Cuiça © Montanha do Pico (1999)
Lavas envoltas em
bruma
A ascensão ao Pico faz-se, hoje em dia, partindo de carro, ao final
da tarde, da Madalena até ao local onde se encontra o caminho de pé-posto que
conduz à Furna Abrigo2. Sítio onde alguns
optam por descansar um pouco e voltar a partir por volta das duas da manhã.
Outros sobem directamente até ao Pico para aguardarem calmamente a alvorada. O
nascer-do-sol provoca, por vezes, efeitos magníficos (como a sombra do pico
projectada). Da estrada até ao cume demora-se geralmente três a três horas e
meia. Para baixo, demora-se cerca de duas horas e meia3.
Tal como muitos outros que nos precederam, também nos instalámos junto
da Furna. Durante a noite passaram vários grupos a caminho do cume. O amanhecer
trouxe consigo altos-cúmulos dispersos num ténue céu azul que foi encobrindo,
progressivamente, de nuvens baixas. Às seis horas já se formara uma massa
compacta e leitosa que encobriu o céu. Está na altura de partir para o cume,
antes que piore o estado do tempo.
A vereda prossegue em direcção ao topo da montanha. O trilho, aos
1420 metros de altitude roda à direita, rumo a sudeste, em direcção à Lomba de
S. Mateus (1472 m). Mas, sensivelmente a “meio caminho”, volta-se para leste em
direcção ao cume da montanha. Os primeiros marcos, que assinalam o trajecto até
ao cume, surgem a cerca de 1535 metros de altitude. O excursionista deve
manter-se no trilho assinalado, uma vez que, ao afastar-se, corre sérios riscos
de se perder.
A vegetação vai-se amoitando e ficando esparsa ao longo da subida.
Acima dos 1500 metros de altitude apenas subsistem plantas rasteiras. A
erva-úrsula (Thymus caespititius) e a
queiró (Daboecia azorica)
encontram-se na plena época da floração em Junho e Julho, colorindo as encostas
superiores da montanha de rosa e cor-de-vinho.
O nevoeiro e a chuva acompanharam-nos até ao cume. Acima dos 1800
metros de altitude cruzamo-nos com um grupo que desce e, já praticamente no
topo do Pico Grande, passaram mais dois grupos de excursionistas. Altura para
nos abrigarmos sob o guarda-chuva, descansar um pouco, comer algo e esperar
algumas melhorias no estado do tempo. Mas a meteorologia está definitivamente
predisposta a ocultar qualquer vista panorâmica. Aliás, para além dos 30 metros
é difícil vislumbrar algo!
Ao chegar ao topo da bordeira, o trajecto roda, à direita, para
seguir o acesso mais fácil ao interior da cratera – uma depressão cimeira com
cerca de 600 metros de diâmetro e 30 metros de profundidade, cuja bordeira se
apresenta preservada apenas nos flancos sul e oeste. Um carreiro íngreme dá
acesso ao fundo da cratera. No interior da depressão, atapetada por escoadas
lávicas, ocorrem diversas fumarolas. Aí pode apreciar-se uma subespécie de
bremim (Silene vulgaris crateriola)
que ocorre unicamente na cratera. O melro-comum (Turdulus merula) também surge na cratera, dando vida à paisagem
agreste, que mal se vislumbra.
Na base do carreiro de acesso à cratera encontra-se um abrigo
circular formado por um mureto de pedras soltas. Sabemos que o Piquinho se
encontra à nossa frente, encoberto pelo nevoeiro, mas apenas se distingue o
branco leitoso das nuvens. O Pico Pequeno ou Piquinho, o cume da montanha, é um
cone secundário situado no bordo leste da cratera. Com cerca de 70 metros de
altura, as vertentes são formadas por basaltos encordoados, onde surgem
fumarolas.
Subir ao Piquinho é atingir um magnífico miradouro, a mais de dois
mil metros acima do Atlântico, do qual se vislumbram os mais abrangentes panoramas
do arquipélago. Avistam-se as ilhas do Faial (a oeste), S. Jorge e Graciosa (a
nordeste) e a Terceira (a es-nordeste). A sudeste, estende-se o planalto
central da ilha onde se distinguem os cones secundários, as lagoas, as manchas
de vegetação e os prados. Hoje apenas nos é dado ver o marco quadrangular (com
a gravação “IPCC 1994”) e uma placa metálica (cujas inscrições foram apagadas
pelos elementos) que coroam o cume.
Vizinhos do vento
Depois de apreciar as vistas panorâmicas, se tiver mais sorte do
que nós, e de gozar um descanso merecido, será altura de pensar em descer.
Nunca se deve ignorar que a descida da montanha merece tantos cuidados quanto a
subida.
Os marcos que indicam o trajecto de descida foram colocados na década
de 50. Na altura, o percurso mais perto para subir o Pico partia de S. Mateus,
daí que os marcos tenham sido colocados para servirem de acesso por essa
freguesia. Os dois marcos finais enganam muitos excursionistas, conduzindo-os
nessa direcção. É por isso que, quando alguém se perde, os Bombeiros
Voluntários da Madalena enviam logo uma equipa para essa área. Mas as
situações, por vezes, são mais complexas.
Segundo o Comandante Furtado, dos Bombeiros Voluntários da
Madalena, as buscas foram sempre bem sucedidas, exceptuando “um caso que
envolveu grandes custos e muita gente, todas as corporações de bombeiros da
ilha”. Tratou-se do desaparecimento de um cidadão inglês em 1993. O terreno foi
“minuciosamente percorrido e batido várias vezes; foram oito dias seguidos de
buscas e chegámos a ter mais de 200 homens na montanha, além de cães da força
aérea treinados para busca de pessoas,… percorreram-se zonas ali à volta da
montanha que eu creio que nunca foram percorridas nestes últimos cem anos”.
A vontade de subir à montanha, aparentemente fácil, levou a que
muitas pessoas, sobretudo na última década, não levassem guia ou fossem mesmo sozinhas.
“A montanha pode apresentar várias estações no mesmo dia, pode ter vários
ventos (o vento muda com facilidade), pode forrar-se e desforrar-se4… Uma pessoa que não
tenha conhecimento perfeito da montanha pode perder-se com facilidade”. E há
locais da montanha que são realmente perigosos, nomeadamente alguns “areais” e
algares.
Carlos Lopes, desde que iniciou a actividade de guia há cerca de
uma década, já subiu ao Pico mais de 300 vezes. “Desde o bom tempo ao mau tempo
e desde correr tudo bem até pernas partidas…” já viu de tudo um pouco. Já teve
de “ir fazer buscas de pessoal perdido” ou acidentado. Nomeadamente à última
lomba, que se situa, antes de chegar à cratera, a cerca de 2080 metros de
altitude. Uma das vezes, que jamais irá esquecer, foi protagonizada por uma
octagenária, a “senhora com mais idade a subir o Pico”. Segundo Carlos Lopes, “ela
chegou lá acima, fez a viagem perfeitamente bem. No regresso é que… apanhamos
mau tempo e temperatura muito baixa e ela perdeu completamente a noção…”.
Os acidentes mais comuns devem-se a quedas, muitas vezes provocadas
por deslizamentos ou por incorrecta colocação de um pé, outras vezes por falta
de preparação física. Registam-se também problemas de hipotermia e de
esgotamento. Devido aos incidentes, mais ou menos frequentes, os Bombeiros
Voluntários da Madalena tiveram “necessidade de saber, com algum rigor, quais e
quantas eram as pessoas que subiam ao Pico”5. Para tal foram
colocados piquetes no local onde geralmente se inicia a subida ao Pico.
O antigo caminho que ascendia ao Pico voltou a ser percorrido, de
volta até à Madalena. O regresso processou-se quase sempre sob chuva, mas no
cais esperava-nos uma esplêndida vista, em tons de final de dia, sobre o ilhéu Em-Pé,
ilhéu Deitado e ilha do Faial. Sem dúvida uma bela panorâmica, no entanto,
ficou-nos a vontade de regressar ao topo do Piquinho, na esperança de poder
avistar os amplos horizontes que só esse miradouro sobre o Atlântico
proporciona6.
Pedro Cuiça © Madalena do Pico (Março/2019)
A ILHA-MONTANHA
Na imensidão do Atlântico, sensivelmente a meio caminho entre a
Europa e a América do Norte, o arquipélago dos Açores integra e delimita a
Macaronésia a norte e oeste. Nove ilhas e diversos ilhéus vulcânicos, dispostos
segundo WSE-WNW, formam três grupos distintos. O Grupo Oriental, e também o mais
meridional, é composto pelas ilhas de Sta. Maria e de S. Miguel. O Grupo
Central é constituído pelas ilhas Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e Faial. O
Grupo Ocidental, o mais setentrional, está representado pelas Flores e Corvo.
Denominada “São Dinis” aquando da sua descoberta, o Pico é a
segunda maior ilha do arquipélago (440 km2) e apresenta a altitude
mais elevada do país (2351 m). A montanha do Pico, classificada como Reserva
Natural desde 1972, é um enorme edifício vulcânico, um cone quase perfeito que
ganha inclinação rapidamente a partir de 1200 metros de altitude e termina numa
ponta aguçada. A montanha encontra-se habitualmente envolvida por uma cintura
de nuvens baixas, deixando vislumbrar o cume – o Piquinho – que se avista a
grandes distâncias.
O Pico Grande acaba numa cratera com cerca de 600 metros de diâmetro
e bordeiras que ultrapassam os 30 metros de altura. Na extremidade oriental da
cratera surge o Piquinho ou Pico Pequeno, com cerca de 70 metros de altura. Um
cone secundário surgido no bordo leste da cratera do Pico, formado por lavas
encordoadas que atapetam a cratera e se escoaram em diversos pontos.
No flanco ocidental, a imponente massa orográfica desce
gradualmente até à orla costeira junto da povoação de Madalena (a mais
importante da ilha), em frente dos ilhéus Deitado e Em Pé. No flanco oriental
estende-se uma área planáltica onde se destacam diversos cones vulcânicos e
lagoas que conferem à paisagem traços pitorescos. Essa “lomba”, a cerca de 800
metros de altitude, interrompe-se de forma abrupta em arriba recortada por
inúmeras calhetas e enseadas.
O povoamento distribui-se ao longo da costa. S. Roque do Pico, no
lado norte da ilha, e Lajes do Pico, no lado sul, foram importantes povoações
de baleeiros. Entre as actividades tradicionais destacam-se a criação de gado
bovido, a agricultura, a pesca e o artesanato.
INFORMAÇÕES ÚTEIS
Extensão: cerca de 30 quilómetros7
Desnível: cerca de 2551 m8
Dificuldade: o percurso desde a
Madalena ao topo do Piquinho e regresso pode considerar-se difícil; a opção de
subir desde os 1200 metros de altitude (pouco abaixo da Furna) é acessível9.
Duração: para efectuar o
trajecto Madalena-Pico-Madalena há que contar com dois dias; o percurso do
local onde param as viaturas até ao topo e regresso demora cerca de cinco a
seis horas3.
Como chegar? O mais prático para
aqueles que dirigem ao Pico será viajar de avião até à ilha do Faial (aeroporto
de Castelo Branco) e daí seguir de barco até à “ilha-montanha”10.
Acesso ao percurso
O trajecto proposto inicia-se na Madalena, onde chegam os barcos
vindos do Faial. Se preferir começar perto da Furna, apesar do recurso à boleia
poder resultar, recomenda-se o uso de táxi11.
Cartografia
- Cartas Militares de Portugal, na escala de 1/25 000, do Instituto
Geográfico do Exército (IGeoE), série M889, folhas 7, 8 e 11.
- Carta da Ilha do Pico (Açores), na escala de 1/35 000, da
Universidade dos Açores, Ponta Delgada, 1ª ed., 1997.
Época aconselhada
Maio a Setembro
Equipamento
necessário
Recomenda-se o uso de roupas leves e de cores claras, uma cobertura
para a cabeça e uns óculos escuros. As chuvas são frequentes sendo muito útil possuir
impermeáveis leves e transpiráveis, casaco e calças. Um bom guarda-chuva pode
revelar-se um objecto de grande utilidade. Um protector solar não será de
negligenciar. Umas botas de montanha completam o vestuário e calçado. Uma
pequena mochila de dia, alguns víveres e cantil com água, um pequeno estojo de
emergência e um estojo de primeiros socorros serão suficientes para uma
jornada. Um saco-cama e/ou um saco de bivaque serão suficientes para pernoitar.12
ATENÇÃO!
· Consulte
documentação e cartografia referentes ao percurso.
· Informe-se acerca
da previsão meteorológica.
· Os trilhos são
bastante seguros, mas é necessária atenção para se evitarem quedas ou sair do
trajecto correcto9.
· O uso de bastões é
recomendável.
· O percurso pode ser
empreendido recorrendo ao auxílio de um guia local.
NOTAS:
Publicámos o artigo na integra e tal qual foi
editado no primeiro número da revista Ozono (Outubro de 2000), exceptuando a exclusão
da lista de contactos (por se encontrar manifestamente desactualizada) e a
correcção de alguns erros ortográficos e gralhas existentes no original. No tocante
às imagens, publicamos algumas fotografias e uma infografia (mapa) da edição original,
mas também fotografias mais recentes. Por último, tendo em conta que já
passaram duas décadas desde que este artigo foi escrito e publicado, e portanto
muitas coisas mudaram, consideramos oportuno acrescentar algumas notas:
1. De facto, os tempos são definitivamente sempre
outros…
2. Hoje em dia, a subida ao Pico, que começa obrigatoriamente
na Casa da Montanha, processa-se, na
época alta, praticamente a qualquer hora do dia e da noite, estando
regulamentada pela Portaria nº 52/2018 de 23 de Maio de 2018.
3. A
subida até ao cume da montanha do Pico e a descida até à Casa da Montanha
demora, em média, cerca de sete horas: três horas a subir e quatro horas a
descer.
4. Forrar-se
e desforrar-se significa, respectivamente, ficar coberto de nevoeiro e o
nevoeiro dissipar-se.
5. No ano
de 2018 terão subido à montanha cerca de 17 mil pessoas e terão ocorrido 11
resgates (um número excepcionalmente baixo de resgates se comparado com outros
anos).
6. Desde
essa experiência inolvidável, de subir desde o mar até ao cume do Piquinho, no
ano 2000, temos regressado praticamente todos os anos à ilha do Pico para
invariavelmente subir à montanha e muitas foram as vezes que fomos brindados
com vastas panorâmicas. Essa é uma prática – quase diríamos um ritual – que
esperamos poder repetir por mais duas décadas, assim Deus nos ajude e permita.
7. Ida e
volta.
8. Desnível
acumulado de 2351 m a subir e, depois, a descer.
9. O
percurso é acessível a pessoas com boa preparação física e habituadas a andar
em terrenos irregulares. Da Casa da Montanha para cima não se trata propriamente
de um caminho – de piso liso e regular – mas, sim, de um trilho com inúmeros
ressaltos, irregularidades e pedras soltas. O trajecto torna-se manifestamente problemático para pessoas com dificuldades de progressão nesse tipo de terrenos mais
técnicos, sobretudo na descida.
10. Actualmente
já é possível viajar para o aeroporto da ilha do Pico.
11. Ou de
carro alugado.
12. O uso
de um poncho ou de um guarda-chuva poderão ser soluções a adoptar caso não haja
vento. Para pernoitar na cratera é, hoje em dia, obrigatório levar tenda e ter permissão
para tal.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
CUIÇA, Pedro. Subida ao Pico – Um miradouro
sobre o Atlântico. Ozono – Revista
de Ecologia, Sociedade e Conservação da Natureza, nº 1, Outubro de 2000,
pp. 50-53