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A palestra começou por apresentar diversos conceitos de paisagem e
a sua evolução histórica, com destaque para o pioneirismo de Leonardo da Vinci,
na forma como mudou o paradigma da relação do Homem com a Montanha, e a
importância dos românticos, no que concerne ao retorno e religação à natureza
selvagem (wilderness). Seguiu-se uma
abordagem da paisagem sob três aspectos distintos e, simultaneamente,
complementares – técnico, geográfico e estético –, sua relação com a Pirâmide
de Necessidades de Maslow e sua utilização na gestão de grupos em actividades
de montanha. Por último, foram abordados alguns exemplos concretos, com base no
Pico, da variabilidade significativa das “condições da montanha” e suas
implicações na progressão em terrenos técnicos, designadamente no que concerne
a estratégias e equipamentos a adoptar: técnica da corda curta, EPIs, bastões,
bastão ou piolet, crampões ou “espigões”
(spikes), entre outras opções.
A actualização de conhecimentos e a aquisição de novas competências,
nomeadamente mediante o desenvolvimento e a utilização de ferramentas e de
metodologias de trabalho inovadoras, no âmbito da gestão e da liderança de
grupos em actividades de montanha, é de fundamental importância numa actividade
cuja formação deve ser contínua e promotora de eficiência e de segurança no
desempenho dos guias em contextos reais, no terreno. É neste contexto que a leitura e a
interpretação da paisagem, associadas à Pirâmide de Necessidades de Maslow,
surgem como uma interessante e poderosa ferramenta de trabalho, designadamente
na tomada de decisões.
DR © Madalena do Pico (21/03/2019)
DR © Madalena do Pico (21/03/2019)
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