«When the Turks conquered Cyprus in 1570 they occupied the
church, as had done with all the churches possessed by the Latins, until 1589
when the church was given back to the Orthodox christians for 3000 coins. At
the same time, the Roman-catholics were allowed to have religious services
twice a year, on St.Lazarus’day and on Mary Magdalene’day, in the small
chapel adjoining the sanctuary in the north aisle of the church.»
Sofronios G. MICHAELIDES
Pedro Cuiça © Igreja de São Lázaro (Larnaca, 1 de Novembro de 2019)
Fui de Pila até Larnaca em transporte público e regressei em
estilo “eco-clássico”: a pé. Teria efectuado ambos os trajectos, de ida e volta,
a caminhar não fosse a necessidade de gerir o tempo de modo a cumprir compromissos
agendados para hoje. Caminhar é um exercício físico excelente mas relativamente
lento, mesmo que se ande depressa, e por isso requer tempo, bastante tempo caso
se pretenda palmilhar distâncias consideráveis ou atingir resultados físicos e
psicológicos de monta.
Gostaria de visitar a igreja de São Lázaro, situada no
centro histórico de Larnaca – a antiga Kition –, e foi o que fiz. Na verdade, tinha
interesse em ir ver a cripta, sob essa igreja, onde dizem ter sido sepultado Lázaro,
o personagem bíblico que foi ressuscitado por Jesus. E foi nesse contexto que aí
fui e vi.
Lázaro, de Betânia, conhecido como “o amigo de Jesus”, após
estar morto quatro dias, foi ressuscitado por este. Na verdade, Jesus tinha uma
especial estima não só por Lázaro mas também pelas suas irmãs Marta e Maria. Consta
que Lázaro, após o episódio da sua ressuscitação dos mortos, terá vindo viver
para o Chipre, no ano 33 d.C., devido às perseguições de que era alvo na
Judeia. Terá sido ordenado Bispo de Kition, pelos “ditos” apóstolos Paulo e
Barnabé, tendo vivido cerca de 30 anos nessa importante cidade cipriota onde
foi sepultado por volta do ano 63 d.C.. Os restos mortais do santo foram “descobertos”,
pela primeira vez (?), em 890 A.D. (Anno Domini), mais de oito séculos depois
da sua segunda morte, num sarcófago com a conveniente inscrição: «Lázaro, morto
por quatro dias e amigo de Jesus». Muito haveria para dizer, designadamente
sobre as "relíquias" de Lázaro que foram trasladadas de Larnaca para Constantinopla (no séc. IX) e de Constantinopla para Marselha (no séc.
XIII), até se ter perdido o seu "rasto", ou sobre a "redescoberta" de parte das originais outra vez em
Larnaca (?), mas fiquemos por aqui em dia de Festum Omnium Sanctorum.
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