“ Brilhando como entre erva alpina,
Gencianas azuis desabrochadas e que ninguém possui.”
Aldous Huxley
Os locais de difícil
acesso eram tradicionalmente pouco frequentados pelo Homem. No entanto, o
grande incremento das actividades de ar livre, que se verificou nas últimas
décadas, começa a reflectir-se na qualidade desses sítios de grande riqueza
natural e beleza paisagística. Com efeito, a protecção devida à
inacessibilidade do terreno já não funciona face ao grande incremento dos
desportos de aventura, especialmente quando a construção de (novas) vias de
comunicação, por si só, facilitam o
acesso. A multiplicidade de actividades de ar livre é estonteante: desportos
motorizados, caça e pesca, hidrospeed,
canyonig, canoagem, parapente,
asa-delta, bicicleta de montanha, marcha e/ou corrida de orientação,
espeleologia, escalada, montanhismo, pedestrianismo, percursos equestres,
esqui, etc..
Hoje em dia, “não deixar mais que pegadas e não tirar mais
que fotografias” é insuficiente face aos problemas de massificação das
actividades outdoor. Exigem-se
medidas concretas, fundamentadas e eficientes que resolvam o paradoxo de como
proteger e simultaneamente promover actividades de ar livre. Torna-se evidente
que essas actividades terão de passar por uma ponderação, na perspectiva do que
se entende por desenvolvimento sustentável, em que o diálogo entre os diversos
intervenientes contribua para uma gestão coerente e equilibrada do património
natural.
Actualmente chega-se à conclusão de que cada um de nós desempenha um papel, mais ou menos importante, nas alterações que se processam constantemente no meio: apesar das contribuições individuais serem pequenas ou mesmo insignificantes a sua soma poderá atingir grandes proporções. A massificação dos “terrenos de aventura” origina diversos impactes ambientais: pisoteio, incremento da erosão, ruído, destruição de vegetação, perturbação da fauna, detritos, risco de incêndio, restos de fogueiras, etc..
Actualmente chega-se à conclusão de que cada um de nós desempenha um papel, mais ou menos importante, nas alterações que se processam constantemente no meio: apesar das contribuições individuais serem pequenas ou mesmo insignificantes a sua soma poderá atingir grandes proporções. A massificação dos “terrenos de aventura” origina diversos impactes ambientais: pisoteio, incremento da erosão, ruído, destruição de vegetação, perturbação da fauna, detritos, risco de incêndio, restos de fogueiras, etc..
Pedro Cuiça – adaptado de Guia de Montanha
(FCMP/ENM/Campo Base, 2010)
Sem comentários:
Enviar um comentário