Hoje de manhã, ouvi na
rádio Observador uma notícia acerca da consternação dos apicultores face às
enormes quebras (da ordem dos 85%) na produção de mel, problema com que têm
vindo a ser confrontados de alguns anos a esta parte e que subsiste em 2023. Queixam-se
da seca e dos incêndios florestais... Uma senhora disse que não se vê uma cobra,
lagarto ou coelhos nesses campos, e as perdizes são pouquíssimas! Preocupante,
de veras muito preocupante.
Por seu lado, no Canadá
registam-se gigantescos incêndios florestais, tendo já sido enviados centenas
de bombeiros dos Estados Unidos para ajudar, tal como de diversos países da
União Europeia, entre os quais Portugal, Espanha e França. Problema que também
não é de hoje: os incêndios anuais são recorrentes, a par do recuo dos
glaciares de vale e dos desmoronamentos em altitude nas Montanhas Rochosas.
De resto, «tudo normal em
Queluz Ocidental»: o mel vem dos supermercados, os frangos dos aviários, a
época dos incêndios florestais televisivos ainda não chegou e campos é mais
electro-magnéticos. Para quem está habituado a calcorrear ambientes virtuais, em
vez de andar a pé pelos campos (naturais?), é normal que tudo esteja normal:
trata-se de um notório fenómeno de normose! E depois há aqueles que sabendo
distinguir um granito de um tijolo não acreditam nas alterações climáticas,
como se isso fosse uma questão de fé… ou, sequer, de fezada!.
E assim vai o (i)mundo!!!
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