Mais um exemplo
extraordinário de sobrevivência por parte de crianças, desta feita de 13, 9 e 4
anos, e um bebé de 11 meses, da comunidade indígena de Uitoto (Colômbia). As
crianças estavam desaparecidas, desde o dia 1 de Maio, na sequência da queda de
uma avioneta numa zona remota da selva colombiana. O Cessna 206, que efectuava
um voo de Araracuara para San José del Guaviare, no sul da Colômbia, desapareceu
dos radares nas "imediações" desta última localidade e as buscas foram iniciadas
de imediato. A pequena aeronave foi encontrada no dia 8 de Maio, despenhada na
floresta, tendo sido recuperados os corpos de três vítimas mortais: a mãe das
crianças, um dirigente da comunidade indígena Uitoto e o piloto.
A esperança de que as crianças ainda pudessem estar vivas decorreu do facto de, para além de não terem sido descobertos os seus corpos, existirem diversos sinais de estas terem sobrevivido à queda da aeronave: foi descoberto um abrigo improvisado feito de paus e ramos, e uma casca de maracujá parcialmente comida, entre outros indícios. As crianças, após estarem desaparecidas durante 40 dias, na selva, foram encontradas com vida, na passada sexta-feira (9 de Junho). Depois de terem sido prestados os “primeiros auxílios” no local, as crianças que transmitiram estar com fome e se encontravam manifestamente desidratadas, foram transportadas de helicóptero para uma unidade hospital e estão, neste momento, em recuperação. Estiveram envolvidas nas buscas mais de uma centena de militares, com cães pisteiros, e membros da comunidade indígena.
Quais terão sido as experiências e as percepções dessas quatro crianças durante a sua "quarentena" nesse ambiente hostil e certamente mortífero para muitos adultos? Como terão (sobre)vivido, dia-a-dia e noite após noite, na selva?
Foto: Forças Armadas da Colômbia/EPA |
Foto: Forças Armadas da
Colômbia/EPA |
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