Na década de 1920 surgiu, pela
primeira vez, um estudo, no âmbito da ecologia humana, sobre os esquimós do
noroeste da Gronelândia, publicado na revista Ecology (1921), da autoria
de Elmer Ekblaw, no qual esse geólogo, botânico e ornitólogo analisou as
relações entre a antropocenose e os ambientes biótico e abiótico. A abordagem
inovadora de Ekblaw passou quase despercebida, o que também aconteceu com
outros artigos científicos, na época, como foi o caso d’A humanização da
ecologia – Todas as formas de vida em relação com o ambiente, também
editado na Ecology (1922), da autoria de Stephen Alfred Forbes.
A ecologia humana constitui, hoje, um diversificado corpo de conhecimento, com investigação em inúmeras áreas do saber. Foi neste âmbito que pude aprofundar os conhecimentos que trazia das licenciaturas em Geologia e em Ciências do Ambiente, e empreender investigação no mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos, sobre perceções de conexão à natureza em caminhadas pedestres. Uma experiência muitíssimo gratificante que ainda está em curso e que recomendo vivamente.
As inscrições no mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos estão a decorrer, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Esta será certamente uma interessante oportunidade de aprofundar questões ecológicas sob uma perspectiva transdisciplinar, com base na sociologia.
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