Agora que termina o Outono,
relembramos um texto, que publicámos há sete anos, para saudar o Solstício de Inverno e a entrada do Sol em Capricórnio amanhã…
Cláudia Krasmann © Rocha da Pena (Algarve, 20/12/2010)
«Um abrigo sob rocha usado desde o Paleolítico: um spot fabuloso. Uma das mais longas
noites do ano e uma Lua quasi Cheia:
um céu fantástico.
Mais de doze horas a sentir a magia do sensível: os arbustos de porte arbóreo a bailarem ao vento, o denso nevoeiro, a sonoridade das gotas de água na sua queda, os intensos clarões dos relâmpagos e o longínquo rugido dos trovões, o contraste da escura rocha sob o negro esbranquiçado do céu... E, depois, o luar no seu esplendor magnífico e as amplas vistas a abrirem a sul... E sonhos numinosos :) Por fim, a luminosidade laranja da aurora…»
Mais de doze horas a sentir a magia do sensível: os arbustos de porte arbóreo a bailarem ao vento, o denso nevoeiro, a sonoridade das gotas de água na sua queda, os intensos clarões dos relâmpagos e o longínquo rugido dos trovões, o contraste da escura rocha sob o negro esbranquiçado do céu... E, depois, o luar no seu esplendor magnífico e as amplas vistas a abrirem a sul... E sonhos numinosos :) Por fim, a luminosidade laranja da aurora…»
Rocha da
Pena (Algarve), 20 de Dezembro de 2010
Pedro Cuiça © Rocha da Pena (Algarve, 20/12/2010)
E eu caminhava sozinho
Sob as estrelas serenas, e nessa altura
Sentia todo o poder que há no som…
E ficava ali,
No meio da noite enegrecida pelo aproximar da tempestade,
Debaixo de uma pedra, escutando as notas que são
A linguagem espectral da terra antiga
Ou que vivem obscuras nos ventos distantes.
E foi aí que bebi o poder visionário.
Sob as estrelas serenas, e nessa altura
Sentia todo o poder que há no som…
E ficava ali,
No meio da noite enegrecida pelo aproximar da tempestade,
Debaixo de uma pedra, escutando as notas que são
A linguagem espectral da terra antiga
Ou que vivem obscuras nos ventos distantes.
E foi aí que bebi o poder visionário.
(William Wodsworth: O Prelúdio)
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