Na próxima sexta-feira (10 de Dezembro) irei falar, das 19:00 às
21:00, sobre Turismo Sustentável de Montanha: ética, estética e boas
práticas, na última edição das Palestras da Montanha de 2021. O evento
on-line, organizado pelo Centro de Formação da Federação de Campismo e
Montanhismo de Portugal/Escola Nacional de Montanhismo (CF-FCMP/ENM) insere-se
nas comemorações do Dia Internacional da Montanha que se celebra anualmente a
11 de Dezembro.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
Dia Internacional da Montanha
Ética Ambiental em Montanha
Amanhã (9 de Dezembro) irei participar no
Seminário sobre Ética e Desporto de Natureza, organizado pela Federação de
Desportos de Inverno, em parceria com o Departamento de Ciências do Desporto da
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior, no
qual irei falar sobre Ética Ambiental e(m) "Desportos de Natureza".
O evento terá lugar no Auditório das Sessões Solenes da UBI, das 15:00 às 17:00.
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
Novos desafios
No dia 14 de Outubro vou
realizar um workshop sobre a temática "Gestão de Risco em
Actividades de Montanha: alterações climáticas, novos paradigmas e
desafios", numa iniciativa de formação à distância organizada pelo Centro
de Formação da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal/Escola Nacional
de Montanhismo (CF-FCMP/ENM).
Mais informações no site da FCMP.
terça-feira, 31 de agosto de 2021
A GOSTO
Neste (ainda) mês de Agosto, gostaria apenas de ‘dizer’ aos leitores do, agora quase parado (!), Pedestris que vão dar uma volta… a gostinho. Pouco mais teria a dizer, tendo em conta que tenho andado mais na prática do que para teorias, e assim parecem querer continuar os meus ânimos, não fosse o facto de me apetecer relembrar a pedestrianista excepcional que foi Emma Rowena Gatewood. E não por esta se tratar da primeira mulher a percorrer, em 1955, o Trilho dos Apalaches na íntegra (perto de 3500 km), aos 67 anos de idade, e já seria muitíssimo, mas por se tratar de uma inveterada caminheira minimalista, pioneira das ‘andanças’ ultraleves em trajectos de longo curso. Nessa sua primeira aventura transportou somente, numa sacola de ombro fabricada por ela, um cobertor do exército, uma capa para a chuva, uma muda de roupa e pouco mais. O vestuário era tudo menos especializado e como calçado utilizou umas sapatilhas Keds. A alimentação consistiu essencialmente de carne seca, queijo, nozes e frutos secos, para além das plantas silvestres e outros víveres que obtinha regularmente ao longo do caminho.
Emma Gatewood voltou a percorrer integralmente o Trilho dos Apalaches em 1960 e fê-lo uma outra vez, por troços, em 1963, aos 75 anos de idade, tendo-se tornado, dessa forma, a primeira pessoa a palmilhar esse famoso percurso de longo curso por três vezes. Saliente-se, também, que percorreu os cerca de 3200 quilómetros do Trilho do Oregan, numa média de 35 quilómetros por dia. Por essas e outras razões, tornou-se, sem sequer pensar nisso, numa celebridade das caminhadas, mas o seu legado ultrapassa, em muito, os recordes, que tanto continuam a motivar as actuais mentalidades. O que verdadeiramente importa é o seu estilo de fazer: de forma simples, minimalista e… "a gostinho". Para aqueles que pretendam conhecer a ‘obra’ de Gatewood, recomendo o livro, de Ben Montgomery, Grandma Gatewood’s Walk: The Inspiring Story of the Woman Who Saved the Appalachian Trail (2014).
Vão lá, então, dar a tal voltinha… a gosto. Que mais não seja à Feira do Livro, nem que seja em Setembro! Dizem que: a gosto não cansa!
sexta-feira, 16 de julho de 2021
PERCURSOS DE LONGO CURSO
Nas próximas duas
semanas, vou regressar às abordagens teóricas sobre optmização do desempenho em
Percursos Pedestres de Longo Curso. Um primeiro workshop, no dia
22 de Julho, irá explorar algumas estratégias de progressão rápida e (ultra)leve
e um segundo workshop, no dia 27 de Julho, versará estratégias de gestão
do desempenho com enfoque na saúde e bem-estar.
No primeiro workshop
será dada uma especial atenção ao incremento da eficácia a nível da rapidez de
progressão, designadamente através da redução significativa do peso do
equipamento a transportar, sem prejudicar as necessidades a satisfazer. No
segundo workshop serão abordadas diversas opções técnicas, metodológicas
e estratégicas a implementar por praticantes de pedestrianismo que pretendam
iniciar-se ou melhorar o seu desempenho em percursos de longo curso, mediante o
incremento da eficácia através de uma adequada preparação (a nível do treino e
dieta desportiva) e de uma apropriada gestão das actividades (no que concerne o
esforço, a alimentação/hidratação e as lesões).
Ambas as iniciativas,
em regime de e-learning, são organizadas pelo Centro de Formação da
Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal/Escola Nacional de Montanhismo
(CF-FCMP/ENM), sendo pensadas e dirigidas prioritariamente aqueles que pretendem
empreender Grandes Rotasâ, caminhos de
peregrinação ou outros percursos de várias jornadas com um desempenho adequado.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
CUIÇA, Pedro. Passo
a Passo – Manual de Caminhada e Trekking. Lisboa: A Esfera dos Livros,
2015, pp. 312.978-989-626-721-6 ISBN
sexta-feira, 9 de julho de 2021
A Montanha e/é o Céu
O REGRESSO
As minhas narinas
deleitaram-se em respirar de novo a liberdade montanhesa! O meu nariz
libertou-se afinal de todos os mofos das coisas humanas. (p. 208)
PC © a Montanha do Pico |
ANTES DA AURORA
Ó céu por cima de
mim, ó pureza, ó profundeza! Ao contemplar-te estremeço de desejos divinos.
Elevar-me à tua
altura – eis para mim a profundidade! Ocultar-me no coração da tua pureza – eis
a minha inocência.
(…)
E nas minhas peregrinações solitárias, de que tinha a minha alma fome durante as noites e pelos caminhos do acaso? E quando eu escalava montes, a quem procurei sempre nessas montanhas, senão a ti? E todas essas peregrinações, e todas essas ascensões de montanha, que eram senão um expediente e uma maneira de iludir a minha impotência? O que eu queria era voar, voar em ti. (p. 181-182)
PC © o Céu sobre o Monte da Caparica (9/07/2021) |
DO ESPÍRITO DE
GRAVIDADE
Na verdade, também
aprendi a esperar, mas a esperar-me a mim mesmo. E sobretudo aprendi a estar de
pé, a andar, a correr, a saltar, a trepar, a dançar. Porque tal é a minha
doutrina; se quisermos aprender um dia a voar, é preciso começar por aprender a
estar de pé, a caminhar, a correr, a saltar, a trepar, a dançar.
Para aprender a voar
não basta um único golpe de asa.
Aprendi a escalar
mais de uma janela com escadas de corda; subi mastros elevados com pernas
ágeis; escarranchado nos elevados mastros do Conhecimento, experimentei uma
felicidade muito apreciável.
As chamas errantes
que se acendem no alto dos mastros não passam de um pequeno clarão, mas que
grande consolo para todos os navegadores perdidos ou naufragados.
Tomei por muitos
caminhos e servi-me de muitos meios para chegar à minha verdade, servi-me de
mais de uma escada para chegar à altura de onde o meu olhar percorre os
longínquos espaços.
E foi sempre
contrariado que perguntei o meu caminho, sempre isso me repugnou. Prefiro
interrogar os próprios caminhos e experimentá-los.
Experimentar e
interrogar é a minha maneira de avançar, e na verdade é também necessário aprender
a responder a semelhantes perguntas. É esse o meu gosto.
Esse gosto não é bom
nem mau, é o meu gosto; não tenho vergonha dele e não faço mistério.
«Eis o meu caminho; e vós, onde está o vosso?» É o que respondo aos que perguntam o «caminho». O caminho, com efeito, não existe. (p. 218-219)
PC © voltei a vestir a Camisola da Montanha (9/07/2021) |
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NIETZSCHE, Friedrich. Assim
Falava Zaratustra. Lisboa: Guimarães Editores, 1985, pp. 376.
sábado, 22 de maio de 2021
FAÇAM (ou não façam?)
FAÇAM BOM PROVEITO
Hugard de la Tour Ó Mer de Glace – Maciço do Monte Branco (1862) |
[PC – Facebook, 15 de Maio de 2021]
domingo, 21 de março de 2021
É o Tempo
«Vivemos, sem dúvida, um tempo de transição e
de excepção, sente-se dans l’aire du temps. É, sem dúvida, chegada
a hora;(…). É a hora de empreender a pacifista “guerra santa” do espírito, do espírito do(s) lugar(es), do Grande
Espírito, do Espírito Santo. É o tempo de evocações à Terra, de canções e danças de poder, de lançar a
voz do tambor como oferenda ao Espírito do Mundo. De ser poeta, de acção directa, como os diné, dizendo os nomes
da terra, «porque esses nomes são bons de dizer» e, dessa forma,
cavalgar no espírito, pela paz e pelo bem de todos, humanos e não
humanos, pela Mãe-Terra. É o tempo de meditar e de orar por Gaia: a Terra viva
e vivificante.
(…) A tradição simbólica de Joaquim de Flora, e
também de Jakob Böehme, vê no lírio a promessa da vinda do Lilienzeit, o
Tempo dos Lírios, paraclético, que sucederá ao tempo crístico das rosas e
ao tempo da “ira” paterna dos «espinhos e ervas daninhas». O tempo dos lírios já chegou! Na verdade, sempre aqui esteve porque o
Espírito Santo nunca nos abandonou. Nós é que temos de ir ao seu encontro. Tal
como o singelo Myosotis, não o devemos esquecer.» [CUIÇA,
2020]
E porque hoje é Dia da Árvore, Dia Mundial da Floresta e Dia Mundial da Poesia (e mesmo que não fosse): todos os dias serão auspiciosos para celebrar a Natureza fecunda e a vida, ademais nos alvores primaveris de mais uma Roda do Ano… Viva a vida.
VISITA À FLORESTA
Que frescura meu Deus, e que deslumbramento!
Sancho Pança, vai pôr a albarda ao teu jumento,
E conduze-o depressa aqui para eu o montar.
Embebeda-me o azul, o Céu, a Terra e o Mar!
Descalcem-me o coturno heróico da epopeia.
Não sei que cotovia olímpica gorjeia
Dentro de mim; não sei que hilaridade é esta!
Satura-me o vigor profundo da floresta,
E debaixo do azul puríssimo, sem nuvens,
Sinto-me transbordar, como um titã de Rubens,
Numa explosão de força atlética, purpúrea!
Entra-me nos pulmões a latejar com fúria
Este excesso de vida imensa que atordoa!...
(…)
Dai-me um tirso virente e uma merenda boa.
Que me quero perder nas solidões da mata.
Leva-me tu, Virgílio, o burro pela arreata.
(…)
Ó clareiras do bosque! Ó penumbras sagradas!...
Como o Sol entra aqui a rir às gargalhadas, e como a
Natureza é virginal e é pura!
A alma se me esvai, fundida de ternura,
Em murmúrios d’amor, em êxtase de crente!...
Como isso moraliza e diviniza a gente!
Dá-me vontade de ir subindo essas encostas,
Ajoelhando, a beijar a terra de mãos postas!
Eu quisera enroscar-me aos robles como a hera,
Ser perfume no lírio e ser vigor na fera,
Desfazer-me, diluir-me em luz, em ar, em cores,
Semearem-me e nascer todo o meu corpo em flores,
Como as águias voar no oceano do infinito,
Ser tronco, ser réptil, ser musgo, ser granito,
De forma que eu andasse, em átomos disperso,
No Céu, no mar, na luz, na terra no – universo!
(…)
Entre este fecundar de seivas luxuriantes,
Entre a vida brutal das árvores gigantes
Levantando ao azul os pulsos seculares,
Entre as vegetações frescas de nenúfares,
De cactos, de jasmins, de silvas, de roseiras,
De serpentes em flor – isto é, de trepadeiras,
A crescer, a romper da terra funda, escura,
Debaixo desta rica igreja de verdura,
Trespassada da luz cruel do Sol faminto,
Ó Natureza, ó Terra, ó minha mãe! Eu sinto,
Sinto bem que nasci do teu enorme flanco,
E que o homem e o tigre e o cedro e o lírio branco
São filhos a quem dás de mamar no teu seio
Eternamente bom e eternamente cheio!
Guerra Junqueiro
in Poesia
da Árvore – antologia poética (1979: 31)
PC Ó Equinócio da Primavera (Oeiras, 20/3/2021)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUIÇA, Pedro. Espírito Santo: O Tempo dos Lírios. Lisboa: Irmânia – videoconferência O Espírito e a Terra, 31/Mai. 2020; inéd., disponível em Academia.edu.
RODRIGUES, Resina. Poesia da Árvore –
antologia poética; 1979, pp. 100.
sábado, 20 de março de 2021
Primeiro VERão
Hoje
celebra-se o Equinócio da PrimaVERa, às 9:37 a.m., com a entrada do Sol em
Carneiro: o instante em que o Astro Rei cruza o plano do Equador terrestre, que
é projectado na Abóbada Celeste… A palavra 'equinócio' vem do latim ‘aequus’
(igual) e ‘nox’ (noite), aplicando-se aos dois dias do ano – na PrimaVERa
e no Outono – nos quais a duração diurna e nocturna são idênticas.
O planeta Terra para além do movimento de
rotação apresenta também um movimento de translação, responsável pelas estações
do ano e pela trajectória aparente do Sol na Abóbada Celeste variar ao longo do
ano, fenómeno observável facilmente através da variação do posicionamento do
nascer-do-sol e traduzido na imagem abaixo.
Ó Zaid M. Al-Abbadi
A imagem
regista a posição do nascer do Sol ao longo dos meses de 2019, a partir das
cercanias da cidade de Amã (Jordânia).
A câmara
fotográfica está sempre apontada na mesma direcção: o Leste geográfico. O Norte
fica, portanto, à esquerda do observador e o Sul à direita. Embora se considere
que o Sol nasce a Leste isso só acontece verdadeiramente em dois dias do ano:
nos Equinócios da PrimaVERa e do Outono. No Hemisfério Norte, no Solstício de
Inverno o Sol nasce na posição mais a sul do Leste e no Solstício de Verão
atinge a posição mais a norte do Leste. O Sol desloca-se, portanto, ao longo de
todo o ano, parando apenas durante três dias nas posições extremas solsticiais.
Razão pela qual os povos antigos consideravam que o Sol morria no Solstício de
Dezembro e ressuscitava ao terceiro dia...
No contexto da deambulação anual do Sol fácil será, portanto, assinalar o posicionamento equinocial correspondente ao Este: o Oriente, que é também um dos nomes de Deus. Desta feita comemora-se o Equinócio VERnal: a palavra “primaVERa” resulta da junção das palavras latinas ‘prima’ (primeiro) e ‘vere’ (verão). Na época romana, e até ao século XVI, a época do ano que denominamos ‘primavera’ chamava-se 'Verão' e o actual Verão era denominado "estio" (do latim ‘aestas’)." A entrada do Sol no signo Carneiro, regido por Marte e pelo elemento fogo, que é o primeiro signo do Zodíaco, está associado ao ímpeto iniciador: o (re)florescer da Terra Viva. O novo ano em muitas tradições como o NawRuz persa... Uma ocasião excepcional para homenagear e celebrar essa primeira VERdade que é a Natureza vivificadora e vivificante, designadamente através de caminhadas reintegradoras dos ritmos inerentes à Roda do Ano.
terça-feira, 16 de março de 2021
Ética e Deontologia
Na sequência do processo de desconfinamento no âmbito da pandemia de Covid-19
e da consequente retoma gradual da actividade formativa por parte do Centro de
Formação da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP), no próximo
dia 9 de Abril irá decorrer uma palestra sobre o tema Ética e Deontologia
em Desportos de Montanha. Esta acção de formação online visa
abordar a importância da ética na condução de actividades e no treino em
Desportos de Montanha, designadamente nas vertentes desportiva, ambiental e
turística. Nesse contexto, será efectuado um breve enquadramento da temática em
causa, tal como da história e diversos conceitos no âmbito da ética normativa,
ética ambiental e ética do desporto, para depois passar a alguns exemplos de
aplicação da ética em situações concretas de tomada de decisões, nomeadamente
em situações de dilemas éticos. Esta palestra vem na sequência das aulas
ministradas por nós, de 2014 a 2017, no âmbito da Unidade Curricular de Ética e
Deontologia Profissional, do sexto semestre da licenciatura de Treino
Desportivo, da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, tal como da aula ministrada a alunos de mestrado,
em 2018, na Escola Superior de Desporto e Lazer (Melgaço), na palestra
realizada, em 2019, na Universidade da Beira Interior (Covilhã) ou do webinar, concretizado em 2020, na Escola Técnica Superior Profissional do Instituto
Politécnico do Cávado e do Ave, entre outras iniciativas similares.
Este evento, que se insere no Programa Nacional de Ética no Desporto (PNED),
trata-se de uma Acção de Formação Contínua certificada pelo Instituto Português
do Desporto e Juventude (IPDJ) com vista à obtenção de Unidades de Crédito (UC)
para a revalidação dos Títulos Profissionais de Treinador de Desporto (TPTD) das
modalidades de Alpinismo, Montanhismo, Escalada, Pedestrianismo e Canyoning, nos
seus diversos graus e qualidades.
Para mais informações consulte o site da FCMP.
segunda-feira, 15 de março de 2021
Este Homem é um Senhor
Um online stream, de mais de três horas, SOBRE A VIDA de Reinhold Messner, na primeira pessoa, e, como não poderia deixar de ser, sobre a Montanha e a Natureza Selvagem (Wilderness), sob diversos pontos de vista e conceitos, designadamente acerca do que é aventura, liberdade e responsabilidade. Uma oportunidade única de conhecer esse lendário alpinista, a própria história do alpinismo, diversas abordagens da Montanha e muito mais... Ficam aqui três pequenas citações daquele que foi, indubitavelmente, um evento excepcional.
Over the years, I have
learnt that on the one hand, there is human nature, deep inside us, almost like
an inborn human directive that has been passed on genetically over thousands of
years, from one generation to the next. And on the other hand, there is natural
law, out in the wild, and we are subjected to both these laws. When two
elements, Mother Nature and Human Nature come together, great things can
happen. William Blake, a romantic English poet once said: “Great things are
done when men and mountains meet”. At the most, we leave a track in the
snow. No, the great thing happen inside of us.
According to local village
lore, the village pastor took my great-grandfather aside to tell him that his
beahaviour was unacceptable and that he need to send his sons to school and to
church on Sundays. Apparently the old farmer replied: “My church” – and by
that he meant the Geisler pinnacles, that tower over St. Magdalena – “is far
mightier than your measly little church tower in the valley.” He was an anarchist
at hearth, and I seem to have picked up some of his DNA.
But what fascinated me even
more, was the freedom I experienced while climbing those rock walls. (…) Complete
freedom and total responsability. (…) I prefer not to speak of moral values
on the mountains. We carry complete responsability in the mountains. Human
Nature tell us what we can do and how we can do it. If you regard ethics to be
instinctive and genetically determined, then yes, I follow some kind of ethical
code. But by and large, it is importante to realize that we are making an independente
decision to take on a tour of this kind and we therefore carry complete
responsability for it.