Hoje
celebra-se o Equinócio da PrimaVERa, às 9:37 a.m., com a entrada do Sol em
Carneiro: o instante em que o Astro Rei cruza o plano do Equador terrestre, que
é projectado na Abóbada Celeste… A palavra 'equinócio' vem do latim ‘aequus’
(igual) e ‘nox’ (noite), aplicando-se aos dois dias do ano – na PrimaVERa
e no Outono – nos quais a duração diurna e nocturna são idênticas.
O planeta Terra para além do movimento de
rotação apresenta também um movimento de translação, responsável pelas estações
do ano e pela trajectória aparente do Sol na Abóbada Celeste variar ao longo do
ano, fenómeno observável facilmente através da variação do posicionamento do
nascer-do-sol e traduzido na imagem abaixo.
Ó Zaid M. Al-Abbadi
A imagem
regista a posição do nascer do Sol ao longo dos meses de 2019, a partir das
cercanias da cidade de Amã (Jordânia).
A câmara
fotográfica está sempre apontada na mesma direcção: o Leste geográfico. O Norte
fica, portanto, à esquerda do observador e o Sul à direita. Embora se considere
que o Sol nasce a Leste isso só acontece verdadeiramente em dois dias do ano:
nos Equinócios da PrimaVERa e do Outono. No Hemisfério Norte, no Solstício de
Inverno o Sol nasce na posição mais a sul do Leste e no Solstício de Verão
atinge a posição mais a norte do Leste. O Sol desloca-se, portanto, ao longo de
todo o ano, parando apenas durante três dias nas posições extremas solsticiais.
Razão pela qual os povos antigos consideravam que o Sol morria no Solstício de
Dezembro e ressuscitava ao terceiro dia...
No contexto da deambulação anual do Sol fácil será, portanto, assinalar o posicionamento equinocial correspondente ao Este: o Oriente, que é também um dos nomes de Deus. Desta feita comemora-se o Equinócio VERnal: a palavra “primaVERa” resulta da junção das palavras latinas ‘prima’ (primeiro) e ‘vere’ (verão). Na época romana, e até ao século XVI, a época do ano que denominamos ‘primavera’ chamava-se 'Verão' e o actual Verão era denominado "estio" (do latim ‘aestas’)." A entrada do Sol no signo Carneiro, regido por Marte e pelo elemento fogo, que é o primeiro signo do Zodíaco, está associado ao ímpeto iniciador: o (re)florescer da Terra Viva. O novo ano em muitas tradições como o NawRuz persa... Uma ocasião excepcional para homenagear e celebrar essa primeira VERdade que é a Natureza vivificadora e vivificante, designadamente através de caminhadas reintegradoras dos ritmos inerentes à Roda do Ano.
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