Como o Wanderer (o caminhante)
do romantismo germânico, que caminha não por desejo de alcançar determinado
lugar mas sim por gosto de andar, experimentando novos e múltiplos caminhos
possíveis, também Agostinho da Silva amava a reflexão autónoma, a meditação
desprendida, o pensamento que se edifica ao sabor das ondas internas, com o
mínimo de constrangimentos externos, de preconceitos, de supostos, de
planificação. É um deixar-se ir na livre aventura da lide intelectual avançando
de acordo com a própria dinâmica endógena
do pensamento.
João Maria de Freitas Branco in
Agostinho da Silva Um Perfil Filosófico – Do Sergismo ao pensamento à solta
(Zéfiro, 2006: 69-70)
Sem comentários:
Enviar um comentário