quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Festejar a Montanha


Pedro Cuiça © Biblioteca de Montanha  (Queijas, 2018)

Nestes dias em que se “(sobre)vive” (a) um afã híper-consumista, ademais nesta que é designada a “época natalícia” (!), será pertinente salientar a importância de apoiar os mercados livreiros de nicho, mormente aquele que se dedica à montanha: editoras, livrarias, alfarrabistas e autores, entre outros – como agora se costuma dizer – stakeholders! O assunto num país como Portugal fará pouco ou nenhum sentido, tendo em conta que a realidade editorial de montanha é praticamente inexistente e o pouco que existe ou existiu é como se não existisse ou tivesse existido!... Particularidades e/ou minudências, para muitos, de somenos num país à beira-mar plantado e historicamente ancorado a uma gesta marítima que talvez não se coadune com ambientes de montanha. No entanto, e tendo em conta a globalização do consumo, designadamente com a possibilidade de comprar on-line produtos provenientes das mais diversas partes desta aldeia global que é a Terra, se pretende ofertar algo, a um familiar, amigo ou mesmo a si próprio, aposte na literacia de montanha e não hesite em apoiar os micro, “piquenos” e médios projectos editoriais que continuam a medrar em diversas línguas por esse mundo fora, nomeadamente no “ arco alpino” (com destaque para o francês, alemão e italiano), mas não só (também em inglês, espanhol e, pasme-se, português). É nesse contexto, que aproveitamos para destacar um pequeno texto, sobre a temática da literatura de montanha, publicado no número de Dezembro da revista Montagne360. E, claro, é igualmente neste contexto que desejamos Boas Festas a todos os leitores do Pedestris, se possível de ar livre ou, caso contrário, numa boa viagem de sofá...

Pedro Cuiça © Editorial Desnivel (Madrid, 16/12/2018)

IL COLLEZIONISTA
A cura di Leonardo Bizzaro e Riccardo Decarli, Biblioteca della Montagna

Le collane – almeno da quando l’alpinismo è diventato uno sport di massa, o quasi – hanno forse avvicinato alla pratica della montagna più persone di quanto abbiano fatto le scuole del Cai. Lo han ben intuito Pietro Crivellaro, che proprio alle “Cordate di libri” ha dedicato una bella mostra per la decima Rassegna internazionale dell’editoria di montagna, nel 1996 al Filmfestival di Trento, presentandone venti delle più importante, da La piccozza e la penna di Adolfo Balliano, nata nel 1929, alla relativamente recente I Licheni di Vivalda. Tra le più note, eppure sconosciute dal punto di vista bibliografico, c’è Montagne di Zanichelli, che per i primi suoi titoli è stata curata nientemeno che da Walter Bonatti. Non solo, ché a disegnarne la grafica, e la veste editoriale, è stato un genio come Albe Steiner, il più bravo trai i grafici attivi nel mondo librario nostrano. Debuttò nel 1961 la collana, con Le mie montagne (dodici ristampe fino al 1981 e altre tre in economica), che Bonatti scrisse senza esserne ancora il titolare. Dell’importanza di quel libro, il più appassionante del suo autore, non occorre qui aggiungere altro. Vale però la pena ricordare gli altri che lui volle collana, senz’altro con lo zampino degli Enriques, proprietari della casa editrice dal 1946 e grandi patiti della montagna. Eccoli: Il Gran Cervino curato da Alfonso Bernardi, del 1963 ; Il quattordici ‘8000’ a cura di Mario Fantin, del 1964; i due volumi di Il Monte Bianco, del 1965 e 1966, a firma ancora di Bernardi (pure in elegante cofanetto telato e decorato, e anche in volume unico): tranne Bonatti, la cui prima edizione sfiora spesso i 200 euro, gli altri si trovano di solito a cifre ragionevoli, um po’più caro solo il Monte Bianco. Poi, al tempo dell’addio alla pratica della montagna, il più mediato dei nostri alpinisti abandono anche quest’attività, passata prima ad Alfonso Bernardi, poi all’ottimo Luciano Marisaldi.
[in Montagne360, Dez. 2018: 77]

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Montagne360 – La rivista del Club alpino italiano, Dezembro, 2018, pp. 80. ISSN 2280-7764



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