quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Moicanos?!

Nestes dias nos quais se assiste à formação de grandes grupos económicos – em detrimento de pequenas e micro-empresas típicas de um comércio local e, portanto, de proximidade – confrontamo-nos com a tão lamentável quanto irreversível extinção de tradições ímpares e de importantes valores... Os centros comerciais e/ou os hipermercados surgem, num cenário globalizante, como símbolos inequívocos dessa tendência monopolizadora e monocultural, mas o fenómeno é muito mais vasto e alastra-se a praticamente todos os sectores das sociedades pós-modernas. O mercado livreiro não é excepção e a demonstrá-lo está o fecho de numerosas editoras, livrarias e alfarrabistas. Maleita particularmente fatal nos projectos especializados mas que também afecta (e cada vez mais) opções generalistas. Neste contexto, é “politicamente correcto” (será?) enaltecer os projectos de nichos como a literatura de montanha e é, sem dúvida, fundamental apoiar/incentivar essas iniciativas que, salvo algumas raríssimas e honrosas excepções, surgem sob roupagens “românticas” ao estilo “último dos moicanos”! 

                    ÓPedro Cuiça (Paris, 2015)

                    ÓPedro Cuiça (Barcelona, 2014)

                    ÓPedro Cuiça (Madrid, 2013)

Sem comentários:

Enviar um comentário