«O
que são os homens para as pedras e as montanhas?» Há quase dois anos que
fomos confrontados com esta questão num artigo da revista Sábado, sob o título “Missão:
Limpar o Tecto do Mundo”. Uma pergunta, de estilo ecosófico, cuja lacónica resposta,
avançada pelo jornalista Bruno Faria Lopes, nos surpreendeu pela sua singeleza e
assertividade: «para as montanhas, em particular as mais altas, os homens
significam lixo»!
Desde a primeira metade do século XX
que somos alertados por diversos autores – como Rachel Carson ou Aldo
Leopold, entre outros – para a destruição da natureza e problemas ambientais
cuja diversidade e proporções têm vindo num assustador crescendo até aos dias
de hoje. Mais do que resultados secundários de estilos de vida baseados no
hiperconsumismo e na opulência, nos dias que correm levantam-se importantes questões
sobre o ser e o fazer (ou o não fazer), em detrimento do ter. A ética ambiental
ganha uma importância fulcral numa sociedade cuja sanidade mental e a alienação suscitam sérias dúvidas… O que são as
pedras e as montanhas para os homens?
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