Pedro Cuiça © Baixa (Lisboa, 20/09/2019)
O céu baixo e acinzentado cobre Lisboa; o ar molhado, que
intensifica os odores, e a aragem fresca surgem como prenúncios outonais na caminhada
matinal de hoje… O peso da mochila confunde-se com a carga atmosférica!
Neste dia em que regressaremos, numa espécie de eterno retorno, à
Serra de Candeeiros repetir-se-á a costumeira pluviosidade e muito provavelmente
seremos também envolvidos, mais uma vez, por densos nevoeiros. É a Roda do Ano,
no seu perpétuo movimento, a provar, no dizer poético, que «o mundo é composto
de mudança». E, contudo, não podemos ignorar uma certa e reconfortante constância
num regresso circular (ou espiralado?) a novos tempos simultaneamente plenos de
conhecidas e similares circunstâncias.
Sem comentários:
Enviar um comentário