quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Andamos ao invés


Pedro Cuiça © Pessoa(s) no Cais do Sodré (Lisboa, 19/09/2019)

Os passeios pedestres em/por Lis-boa são, regra geral, artísticas walkscapes: escapadelas espácio-temporais nas quais damos (ou são-nos dadas) asas à/para (a) descoberta do imprevisível – descobrirmos ou sermos descobertos – na e pela arte que surge entre-ser(es)… E foi nesta interligação, com base no denominador comum da/desta (ou nesta?) Luz-boa, que fomos hoje, na partida para mais um percurso matinal, interpelados no Cais do Sodré por um artista que nos “revelou” um conjunto de ilustrações de Fernando Pessoa(s)… O resto, por-menor (maior) que não será evidentemente de somenos, fica entre nós: eu e ele (?). D’a ilustração que me foi ofertada fica acima a imagem.
Os passeios pedestres surgem pois, para nós, quasi que invariavelmente, como uma  possibilidade de fractura ou quebra do tecido cósmico, da inconsciente  rotina do dia-a-dia e/ou da consciente superficialidade alienante desse mesmo dia-a-dia. É precisamente essa fresta que permite a passagem da Luz – o fazer-se Luz – nos dias que correm; nos quais, melhor seria dizer, andamos ao invés de sermos andados.


Pedro Cuiça © Alfama (Lisboa, 19/09/2019)

Pedro Cuiça © Alfama (Lisboa, 19/09/2019)

Pedro Cuiça © Alfama (Lisboa, 19/09/2019)

Pedro Cuiça © Alfama (Lisboa, 19/09/2019)

Pedro Cuiça © Alfama (Lisboa, 19/09/2019)

Pedro Cuiça © Alfama (Lisboa, 19/09/2019)

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