Pedro Cuiça © Palácio Nacional de Sintra (Sintra, 2017)
«O Universo e a nossa própria vida têm por base o ritmo. Se a árvore ou os
nossos pulmões suspenderem o ritmo respiratório, advém a morte. No pólo oposto
da euritmia (o «bom ritmo»), a característica dominante dos homens da nossa
época é a arritmia, ou perda de ritmo. Daí a destruição da Natureza e das
Cidades, por infeliz exemplo. Só um regresso a ritmos saudáveis nos pode
salvar. Trata-se de descobrir o ritmo bom, belo e verdadeiro, capaz de arrancar
os homens às pulsões doentias, como as obsessões do dinheiro, do sexo ou da
comida. Em contrapartida, valha-nos a lição de Henri David-Thoreau, seguida por
Raul Lino, que faz suceder à Ordem dos Cavaleiros a antiquíssima Ordem dos Caminhantes.»
Rodrigo Sobral Cunha (2014)
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