domingo, 21 de janeiro de 2018

D'andanças vadias

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FREI ANSELMO: Lembra as palavras da divina Beatriz. Nós tínhamos-te dado um excelente companheiro a quem assistíamos muito antes de ti.
Ele segue e persegue o extraordinário por caminhos habituais.
Tu, porém, esqueceste tudo quanto te ensinámos (…)
Lês, escreves e isso está bem. No resto do tempo que te fica, procedes como toda a gente, como um autómato. Deixas-te emporcalhar pelos jornais e pela televisão. É um “deixa andar” continuado. [TELMO, 2011: 26-27]

Os seus planos para o futuro são aprender a viver [ou andar?] ao Deus dará, sabendo que Deus muitas vezes dá, tirando. [SINDE, 2013: badana de capa]

Tal como Agostinho da Silva afirmou reiteradamente, nas Conversas (ou andanças) Vadias, o importante é que nos cumpramos... Uma das formas da poesia é precisamente a vadiagem, a errância, no sentido de andar por aqui e por acolá. E, neste contexto, "aparece sempre uma motivação se ela tiver de aparecer". Motivação ou um entusiasmo, como se queira ou possa!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SINDE, Pedro. Sete Sábios Portugueses. Chaves: Tartaruga, 2013, pp. 232. ISBN 978-989-8057-39-6
TELMO, António. A Aventura Maçónica – Viagens à volta de um tapete. Sintra: Zéfiro, 2011, pp. 192. ISBN 978-989-677-057-0

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