sexta-feira, 21 de abril de 2017

Waiting to...



"There There"

In pitch dark I go walking in your landscape
Broken branches trip me as I speak
Just cos you feel it doesn't mean it's there
Just cos you feel it doesn't mean it's there
There's always a siren singing you to shipwreck (don't reach out, don't reach out [x2])
Stay away from these rocks we'd be a walking disaster (don't reach out, don't reach out [x2])
Just cos you feel it doesn't mean it's there (there's someone on your shoulder [x2])
Just coz you feel it doesn't mean it's there (there's someone on your shoulder [x2])
There there...
Why so green
And lonely [x3]
Heaven sent you
To me [x3]
We are accidents waiting
Waiting to happen
We are accidents waiting
Waiting to happen

terça-feira, 11 de abril de 2017

Tempos (d)e Leituras

Verdade seja que, para elevar assim a leitura à dignidade de «arte» é mister, antes de mais nada, possuir uma faculdade hoje muito esquecida (por isso há-de passar muito tempo antes dos meus escritos serem «legíveis») uma faculdade que exige qualidades bovinas, e não as de um homem fim-de-século. Falo da faculdade de ruminar.
Nietzche (1887) in A Genealogia da Moral (Guimarães & Cª Editores, 1983, 4ª ed., p. 16)

Emersos naquilo que já foi apelidado, no século passado*, de “sociedade da informação”, e que outros definiram como sociedade hipermoderna ou hiperconsumista**, parece que nunca tanto gentio se sentiu detentor de tão prolífero “conhecimento”, tendo em conta a imensa quantidade, diversidade e facilidade de acesso a… “dados”. Aquilo que antigamente se poderia designar por “à mão de semear” e que agora é costumaz referir como conhecimento "à distância de um clique”, pronto a consumir num estilo tão fast como superficial, extemporâneo e, por vezes, descaradamente fake. É a democratização da “coltura”, ou a soltura neoliberal, geradora de um ilusionista “admirável mundo novo” ao jeito huxleyiano**. Não será, pois, de admirar que “toda a gente” (salvo seja) emita “doutos” pareceres ou (até) grosseiras “bocas”, sobre tudo e os ou as debite amiúde sobre a forma de “palavras ao vento”, ao redor de umas “mines” e tremoços, ou noutros (muitos) cenários igualmente propícios para tais proezas, mormente em virtuais ciber-ambientes.  

Nestes dias nos quais se constata o predomínio de grandes grupos económicos – em detrimento de pequenas e micro-empresas típicas de um comércio local e, portanto, de proximidade – confrontamo-nos com a tão lamentável quanto irreversível extinção de tradições ímpares e de importantes valores... Os centros comerciais e os hipermercados surgem, num cenário globalizante, como símbolos inequívocos dessa tendência monopolizadora e monocultural, mas o fenómeno é muito mais vasto e alastra-se a praticamente todos os sectores das sociedades pós-modernas. O mercado livreiro não é excepção e a demonstrá-lo está o fecho de numerosas editoras, livrarias e alfarrabistas. Maleita particularmente fatal nos projectos especializados mas que também afecta (e cada vez mais) opções generalistas. Neste contexto, será de enaltecer os projectos de nichos como a literatura de montanha e é, sem dúvida, fundamental apoiar/incentivar essas iniciativas que, salvo algumas raríssimas e honrosas excepções, surgem sob roupagens “românticas” ao estilo “último dos moicanos”!

É também neste contexto que surge como sumamente importante a reflexão sobre o que é “interesse público” ou “serviço público”, a par de outros conceitos aparentemente démodés, como “gratuitidade”, “dar tempo ao tempo” ou “ética”!... É igualmente neste contexto que será não só importante valorizar as editoras, livrarias e alfarrabistas, especialmente as que se dedicam a nichos como a literatura de montanha, mas também as bibliotecas públicas, onde possamos usufruir do prazer de desfolhar e aprender gratuitamente da leitura lenta e reflexiva de livros. É por essas e por outras razões que tenho o grato e o imenso prazer de constatar a presença dos livros de que sou autor em insignes livrarias e em diversas bibliotecas públicas.

Terry Portugal © Biblioteca Pública da Madalena (Pico-Açores, 2016)

Terry Portugal © Biblioteca Pública da Madalena (Pico-Açores, 2016)

Joaquim Figueiredo © Sala Multimédia da Biblioteca Municipal de Ponta Delgada (S. Miguel-Açores, 2017)

Pedro Cuiça © Livraria Cecílio (Barcelos, 2016)

Olivier Coucelos © Livraria Lello (Porto, 2017)


*Fritz Machlup (1902-1983) é o autor da obra que popularizou o conceito de sociedade da informação: The Production and Distribution of Knowledge in the United States (1962).
**O conceito surgiu nos anos 70 mas só viria a obter um notável destaque, em 2004, com a publicação da obra Os tempos hipermodernos, escrita pelo filósofo Gilles Lipovetsky, com a colaboração de Sébastien Charles.
***Aldous Huxley (1894-1963) foi um escritor inglês, autor de uma vasta e interessantíssima obra literária, de que se destaca o livro Brave New World (1932), traduzido para português sob o título O Admirável Mundo Novo.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Subida ao Pico

Vem SUBIR O PICO connosco, em Junho de 2017, numa actividade Green Trekker...




«O Pico é a mais bela, a mais extraordinária ilha dos Açores, duma beleza que só a ela pertence, duma cor admirável e com um estranho poder de atracção. É mais do que uma ilha – é uma estátua erguida até ao céu e moldada pelo fogo (…).»

Raúl Brandão in As Ilhas Desconhecidas (1926)


sexta-feira, 7 de abril de 2017

Ética e Deontologia


O Centro de Formação da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP) vai realizar uma palestra, no dia 4 de Maio, na cidade do Porto, sobre a temática Ética e Deontologia em Desportos de Montanha. Esta Acção de Formação Contínua é reconhecida pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) com vista à atribuição de Unidades de Crédito para a revalidação de Títulos Profissionais de Treinador de Desporto (TPTD) nos diversos graus (I, II e III) das modalidades de Alpinismo, Montanhismo, Escalada, Pedestrianismo e Canyoning.
A acção de formação em causa visa abordar a importância da ética na condução de actividades e no treino em Desportos de Montanha, designadamente nas suas múltiplas vertentes: desportiva, ambiental e turística, entre outras. Nesse contexto, será efectuada uma explanação sobre o enquadramento, história e diversos conceitos no âmbito da ética normativa, ética ambiental e ética do desporto, tal como a aplicação da ética em situações concretas de tomada de decisões e dilemas éticos. Esta palestra vem na sequência, e é em tudo semelhante, a aula ministrada por nós, de 2014 a 2016, no âmbito da Unidade Curricular de Ética e Deontologia Profissional, do sexto semestre da licenciatura de Treino Desportivo, da Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM).

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Ultreya...

Na próxima quinta-feira (6 de Abril), realizarei um workshop, sob a temática “Percursos Pedestres de Longo Curso – Estratégias de progressão rápida e (ultra)leve”, no Auditório do INFARMED I.P.. A iniciativa, que decorrerá no Dia Mundial da Actividade Física, insere-se no plano de estágio do Curso de Treinadores de Pedestrianismo – Grau I levado a cabo por Mário Amorim sob o mote “Seis Aparições, Seis Peregrinações”.

Para mais informações, consulte a página do Facebook: Ultreya.

ENTRADA LIVRE: a sua presença será uma forma de apoiar o Albergue de Coz, um dos albergues de peregrinos da Associação de Amigos dos Caminhos de Fátima.