A Flor do Caminho...
«Ao
entendermos “religião” na sua acepção etimológica de ligação (do latim religāre: ligar a, unir a, atar) o que nos ocorre é
o acto de andar como actividade privilegiada de (re)ligação à sacralidade da
natureza ou à própria divindade. É nessa acepção, aliás, que o caminhar visto
como uma espécie de “ioga ambulatório”
dá sentido a essa curiosa expressão, tendo em conta também a etimologia da
palavra “ioga” (do sânscrito योग: unir ou juntar, entre outros
significados).»* Mas uma abordagem profana surge com igual validade como
forma de atingir uma (re)ligação simultaneamente ao meio envolvente e ao si, afinal ao (macro e micro) cosmos, se
esta constituir uma manifestação plena da «ciência
do concreto»** que tão somente exige elevados níveis de atenção e a plena
vivência dos sentidos. É neste contexto, sagrado e/ou profano, que a caminhada Chi
Kung (Chi Kung Walking) surge como um modo privilegiado de
(re)ligação ao todo, com notórios e notáveis benefícios para a saúde e
fortalecimento dos praticantes.
«Strong Legs, Good Health»
«Many
people read, talk, or watch TV while exercising to make the time go by faster.
However, to get the most healing benefits from walking, Traditional Chinese
Medicine teaches us that the mind should be focused, thus walking becomes a Qi
Gong exercise known as walking
meditation. Walking meditation is a simple yet profound healing experience;
no distractions, just awareness. It’s not about talking or socializing or
thinking while you’re walking; your mind is peacefully presente and relaxed.»***
*Pedro Cuiça: Passo a Passo – Manual de
Caminhada e Trekking; Lisboa: A Esfera dos Livros, 2015, p.31.
**Cf. A feliz expressão utilizada por Mircea
Eliade na sua obra La Pensée Sauvage (Paris: Plon, 1962)
*** Lisa B. O’Shea – New Health Digest, June 2004; disponível em:
Sem comentários:
Enviar um comentário