O Círculo do Entre-Ser realiza no dia 10 de Junho uma caminhada meditativa em Sintra. É a Hora de nos religarmos com a energia da Natureza e, como diz Thich Nhat Hanh, de nos apaixonarmos pela Terra.
quinta-feira, 21 de maio de 2015
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Caminhar
«As montanhas,
diz o mestre, elas caminham… Elas estão constantemente em repouso e caminham
constantemente. Precisamos de nos dedicar ao estudo minucioso desta virtude de
caminhar… Aquele que duvida que as montanhas andam ainda não compreendeu o seu
próprio caminhar.»
Dōgen: O Sutra das Montanhas e dos Rios
Nicholas Roerich (1938): Silvery Realm
quarta-feira, 6 de maio de 2015
Your way...
REANIMATION
You people are like puppets
Click Click
You people are like puppets
you like to think you're on your way
but someone has to guide you
someone has the final say
realise - reanimate the dormant view.
Some things are forever
I think I have a place for you
some things are forever
come here I'll show you what to do
realise - reanimate the dormant view.
Click Click
terça-feira, 5 de maio de 2015
Tudo em Monte...
«Subir e, tão
ou mais importante, descer uma montanha constitui muitas vezes uma experiência
transcendente pois todas as montanhas são sagradas. São locais mágicos onde é
permitido ao Homem sentir, sem rodeios, a verdade de estar vivo ou a dura
realidade de enfrentar a morte. O montanhismo foi e continua a ser um grande
jogo mas para jogar é sensato conhecer e dominar as regras do jogo.(Pit
Schubert in CUIÇA, 2010)» Foi sobre
as formas de jogar esse grande jogo que fui hoje palestrar na Escola Superior
de Desporto de Rio Maior (ESDRM), no âmbito da cadeira de Ética e Deontologia
Profissional do terceiro ano da licenciatura em Desporto de Natureza e Turismo
Ativo.
Numa época na qual se tornou lugar-comum falar sobre crise de valores não deixa de ser curioso abordar a “Ética e Deontologia em
Desportos de Montanha”, ademais em actividades que sempre foram atreitas a não
possuir regras escritas: alpinismo, montanhismo e/ou escalada (clássica ou
tradicional). No entanto, afirmar o estatuto ético ou o valor intrínseco das
montanhas é tão pertinente, hoje, quanto será o facto de enaltecer a
“conquista do inútil”. Não basta subir montanhas, a forma como se processa essa
ascensão manifesta-se de primordial importância à luz da ética normativa… A praxis – o (como) fazer – das actividades
de ar livre, em geral, e das actividades de montanha, em particular, não pode
estar alheada da dimensão ambiental e dos conceitos éticos daí decorrentes: sencientismo,
biocentrismo, ecocentrismo, etc.. Tal
como não será expectável numa ética aplicada ignorar o conceito de jogo justo (fair-play), independentemente de pretensos
dilemas éticos (e.g. risco versus segurança). Integrada no seio dos
desportos ditos de “risco”, a prática de montanhismo e/ou de escalada carece de
uma reflexão face à forma como a sociedade contemporânea revela uma fascinação
pelo risco e simultaneamente uma obsessão pela segurança (LE BRETON, 2000). Daí
decorre, aliás, a confusão entre aventura e pseudo-aventura tão comum nos dias
que correm… Enfim, nesta como noutras “matérias” não será suficiente seguir o ditado “tudo
em monte e fé em Deus”! Ou será? Tudo depende do significado que dermos às
palavras e da forma como as consubstanciemos na prática concreta de subir
montanhas, na mais íntima convivialidade com a verdade pura e dura dos vastos
espaços verticais e da grandiosa beleza do mundo mineral.
DRÓGuia
de Montanha (2010)
Referências
bibliográficas
BRETON, David. Passions du Risque. Paris : Éditions Métailié, 2000. ISBN
2-86424-334-2
CUIÇA, Pedro. Guia de Montanha – Manual Técnico de Montanhismo I. Lisboa: Federação de Campismo e Montanhismo de
Portugal/Campo Base, 2010. ISBN 978-989-96647-1-5
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Espírito Santo
«Estar o menos possível sentado; não confiar
em ideia alguma que não tenha surgido ao ar livre e quando caminhamos, em
nenhuma ideia na qual os músculos não tenham festiva parte. Os preconceitos
nascem dos intestinos. A sedentariedade – já uma vez o disse – é o autêntico
pecado contra o Espírito Santo.»
NIETZSCHE, Friedrich [1888]: Ecce Homo – Como se chega a ser o que se é; Lisboa: Guimarães Editores,
1984, 5ª ed., p. 49
Caminhar
Caminhar está longe de ser apenas uma
actividade puramente física. Kenneth White refere de forma sagaz que: «Se
Thoreau utiliza os pés fá-lo, afinal de contas, em benefício da cabeça ou,
digamos, do seu ser, do seu corpo-espírito inteiro. Não é um desportista que
sai de casa para fazer quilómetros, não faz footing como costuma dizer-se.
Pratica a caminhada inteligente.» A arte de andar eleva um mero passeio ao
estatuto de delicado exercício ético, estético e/ou espiritual. É precisamente
sobre estas três variáveis da caminhada – ética, estética e espiritual – que a palestra Caminhar – Ética, Estética e Eco-espiritualidade irá versar, numa perspectiva ecosófica e holotrópica. Mais uma iniciativa do Círculo do Entre-Ser que irá decorrer, no dia 19 de Maio (das 19.00 às 20.30), no Centro Lusitano de Unificação Cultural. ENTRADA LIVRE.
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