Montanhismo enquanto metáfora de
busca espiritual
A apresentação do livro Guia de Montanha – Manual Técnico de
Montanhismo, sobre a arte de subir montanhas, serve como mote para
abordar o sentido simbólico e sagrado dessa actividade e do meio onde esta se
desenvolve. O conceito tradicional do divino associado às montanhas e ao
próprio montanhismo, motivo de atracção por parte de inúmeros autores (mormente
Julius Evola e Aleister Crowley), é o alvo desta palestra. A par da vertente
vulgar, expressa nas técnicas de montanhismo, oculta-se uma outra face que se
traduz numa ascensão ao cume, como ritual iniciático, que poderá assumir
características de ordálio…
«O
montanhismo, tal como a escalada [clássica ou tradicional], para além da
componente física, será também uma profunda experiência emocional, uma atracção
pela liberdade dos vastos espaços verticais, pela grandiosa beleza do mundo
mineral, pela simplicidade e rusticidade. Subir montanhas será igualmente um
meio de (re)ligação à natureza, uma forma de transcendência… (…) “Um fraco desejo de regressar lá ao alto
surge um dia em nós. Assim recomeça o encantamento” (Bonatti, 1962).»
Na Casa do Fauno (Sintra), às 21.30, de sexta-feira 10 de Abril.
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