segunda-feira, 24 de março de 2025

ATENÇÃO AO MALICIOSO


ATENÇÃO: o blogue Pedestris foi atacado por "software malicioso". Ao entrar no blogue deverá esperar algum tempo para aceder aos conteúdos do mesmo: é preciso que o cursor em forma de "seta" assuma a forma de "mão". Só então poderá aceder aos diversos conteúdos do blogue. Quando o cursor está na forma de "seta" se clicar irá ocorrer uma ligação a site(s) maliciosos.

Vamos tentar resolver este problema e, caso não consigamos ultrapassar este contratempo, teremos de avançar com a elaboração de um outro blogue.

As nossas desculpas pelo incómodo, sobre algo que não temos qualquer domínio ou interferência.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Dia Internacional da Montanha

 


Hoje, dia 11 de Dezembro, comemora-se o Dia Internacional da Montanha e, nesse contexto, irei apresentar uma palestra online sobre o valor intrínseco das montanhas e a necessidade imperiosa de preservar os ecossistemas de montanha, nomeadamente através da concretização de práticas verdadeiramente sustentáveis no âmbito das Actividades/Desportos de Montanha. Esta palestra, intitulada "Desporto e Turismo Sustentável de Montanha: ética, estética e boas práticas", insere-se na rubrica Palestras da Montanha, organizadas pelo Centro de Formação da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal/Escola Nacional de Montanhismo (CF-FCMP/ENM).


quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Revisitação Montserratina

 

Carta topográfica 1/10000 da Serra de Montserrat.


O regresso a Montserrat (Catalunha) traduz-se, invariavelmente, numa grata satisfação e, desta feita, não foi excepção. A Assembleia-Geral da ERA – European Hiking Federation realizou-se este ano, de 3 a 6 de outubro, nas instalações anexas ao Mosteiro de Montserrat, com excursões pedestres na serra e nas imediações desta, numa organização da FEEC – Federació d’Entitats Excursionistes de Catalunya. Foi neste contexto que decidi chegar três dias antes deste evento europeu, para aproveitar a oportunidade de "juntar o útil ao agradável" e fazer algumas actividades nessas montanhas ímpares. Tinha combinado, há já bastante tempo, a escalada da via normal do Cavall Bernat (V+, 60m), com um companheiro catalão, mas devido a compromissos da sua parte, esta actividade tão desejada não se concretizou. Não foi desta que subi o Cavall Bernat, mas voltarei certamente à carga…







Essa imprevista adversidade não impediu, todavia, que aproveitasse da melhor forma os três dias que tive disponíveis e que se traduziram na realização de percursos pedestres de grande qualidade, desde logo paisagística. Tal como na minha primeira experiência nessas paragens, nos idos anos 90 do século passado, voltei aos percursos em solitário, tendo palmilhado velhos trilhos já conhecidos e descoberto novos revigorantes itinerários. Esta serra é, sem dúvida, verdadeiramente inspiradora e mágica. Ou mística? Como se queira ou possa… Uma possibilidade inquestionável de (re)conexão intimista com a natureza e consigo próprio. Nesses dias tive o privilégio de ficar alojado no sóbrio albergue Abat Oliba e de ter por companhia o livro Regreso a la Naturaleza – Cómo amar la vida y preservarla, de Chris Packham e Megan McCubbin.



Montserrat será sempre uma geografia a revisitar...


quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Dá ECO ao (teu) futuro

 



A última fase de inscrição, em 2024, no Mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos começa hoje e estende-se até dia 26 de Agosto, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL). Uma oportunidade única de frequentar um mestrado muitíssimo interessante para aqueles que pretendam estudar as (inter)relações entre os humanos e os contextos bióticos e abióticos do meio em que vivem. A complexidade inerente à componente cultural dos humanos, sem esquecer as suas ligações (inatas) à natureza, assume um papel de primordial importância num mundo cujas alterações climáticas, as ameaças à biodiversidade e a poluição, entre outras variáveis, levantam desafios a que é fundamental dar resposta.

 

Segundo Eugene Odum, o ensaio Man’s Place in Nature, de Thomas Huxley, tipifica a atitude dos biólogos do século XIX perante o “homem” e o seu ambiente. E acrescenta (1988: 816):

 

«Reflectindo a influência do Darwinismo, estes biólogos do passado abordavam o papel do homem na natureza do ponto de vista da sua linhagem ou parentesco natural com os outros organismos. Depois de mais de 50 anos, a ideia do parentesco evolutivo com a natureza começou a ser aceite por uma maioria de pessoas, e a atenção voltou-se, então, para a ideia de ligação natural do homem, ou interdependência ecológica, com o biota, um conceito que hoje se encontra longe de ser universalmente aceite.»

 

Afortunadamente, a ecologia humana foi capaz de adotar uma «perspectiva evolutiva, com a qual se procura explicar como os seres vivos se modificaram e diversificaram ao longo do tempo e os mecanismos que levaram a essa modificação, passando a incluir-se o “homem” no processo evolutivo [das espécies] e, portanto, a considerá-lo parte integrante da biosfera» (Avelar e Pité 1996 in Carvalho 2007: 128). A integração do “homem” na natureza, o reconhecimento de que é natureza, trata-se de um (re)posicionamento concetual de enorme importância e abrangência, designadamente ao abrir caminho para o assumir de uma renovada aliança holística com Gaia: o conceito de Lynn Margulis e James Lovelock (1972), de uma Terra viva, como um sistema fisiológico único e auto-regulado (Lovelock 1996).

Uma das singularidades da ecologia humana, que resulta em parte da sua transdisciplinaridade, consiste na sua abrangência holística que, aliás, partilha com a ecologia geral. Partilha que se estende à abordagem sistémica e ao estudo de assuntos de enorme complexidade, «no que tal significa de variedade, complementaridade, concorrência, incerteza, antinomia» (Carvalho 2007: 133). A importância da transdisciplinaridade, que caracteriza a atual ecologia humana, traduz-se na abrangência de diversas áreas do conhecimento científico, desde a sociologia à psicologia, antropologia, etnografia e filosofia, entre outras. Transdisciplinaridade que não deverá, todavia, ignorar as bases científicas resultantes de ciências naturais como a geologia, a biologia ou a ecologia, entre outras. Eugene Odum, num artigo publicado na revista Science (1975), reforça precisamente a importância de estabelecer a ponte entre as ciências naturais e as ciências sociais (ibid.). E a Ecologia Humana pode e deve ser essa importante ponte.

 



Referências bibliográficas

Carvalho, Francisco. 2007. “Da Ecologia Geral à Ecologia Humana”. Sociológico 17(2): 127-135.

Lovelock, James. 1996. GAIA – A Prática Científica da Medicina Planetar. Lisboa: Instituto Piaget.

Odum, Eugene P.. 1988. Fundamentos de Ecologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 4ª ed..

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Lançamento de livro

 


O lançamento online do livro Saúde, Espiritualidade e Arte: a força de criar, dançar, cantar, rezar e fazer cura é já amanhã às 19:00 (hora de Portugal). O evento irá contar com a presença da Profª Dra. Silvia Regina Paes (coordenadora editorial) e dos outros autores do livro, provenientes de três países distintos: Brasil, Portugal e Argentina. A obra é editada pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e será disponibilizada no repositório dessa universidade.

Para mais informações consulte o site da UFVJM, onde também poderá conectar-se ao evento.

ENORME AGRADECIMENTO


No dia 17 de Julho de 2023 expressei o meu enorme agradecimento a todos aqueles que contribuíram para a resposta ao inquérito no âmbito da minha dissertação de mestrado, sobre “Percepções de conexão à natureza e de bem-estar em caminhadas pedestres –estudo exploratório no âmbito da Ecologia Humana”. O seu apoio no preenchimento e na divulgação do inquérito foi imprescindível para a concretização e a ultrapassagem dos objectivos propostos. Nesse dia foi atingido o "número redondo" de 450 inquéritos preenchidos, com o qual considerámos terminada a fase relativa à recolha de dados da componente quantitativa da investigação em curso. Salientei também, na ocasião, as palavras amigas e o estímulo que recebi de muitos “colaboradores”, aos quais expressei a minha maior GRATIDÃO.

Ontem, dia 17 de Julho de 2024, passado exactamente um ano, concluí oficialmente o mestrado em Ecologia Humana, ao ter sido publicada a avaliação final no site da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH). Este é, portanto, um momento muito especial, no qual tenho o grato prazer de expressar novamente a minha reiterada gratidão a todos aqueles que participaram e apoiaram os trabalhos realizados; com uma particular menção à minha orientadora de mestrado, a Profª Dra. Ana Paula Gil. Há um ano e ontem, tal como hoje, estamos e continuaremos juntos.



NOTA: a dissertação estará disponível em breve no Repositório da Universidade Nova de Lisboa (UNL).

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Técnicos de Percursos Pedestres

 

© PC


Após um interregno de vários anos, a que não estará alheia a pandemia de Covid-19, os Cursos de Técnicos de Percursos Pedestres foram retomados no seio da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP), com um novo modelo de formação concebido para quatro graus de credenciação de Quadros Técnicos, que deriva de uma profunda reestruturação da formação, necessariamente com conteúdos programáticos atualizados e renovados.

O Centro de Formação da FCMP lançou dois cursos de grau I, que começaram por uma componente de e-learning, comum a ambos os cursos, que decorreu de 17 a 21 e de 24 a 27 de junho, das 20:00 às 23:00, num total de 30 horas de formação. A avaliação desta componente de e-learning será efetuada através de teste de escolha múltipla, online, a decorrer no dia 18 de julho, das 20:00 às 20:30.

Os cursos comportam cerca de quatro dezenas de formandos e aqueles que obtiverem classificação positiva na componente de e-learning serão distribuídos por duas turmas na componente presencial a realizar, no Parque Florestal de Monsanto, nos dias 27-28 de julho e 3-4 de agosto, respetivamente para cada uma das turmas (A e B). A componente presencial, num total de 15 horas, será ministrada integralmente sob a forma de Ensino Outdoor.

Os Cursos de Técnicos de Percursos Pedestres envolvem ainda uma componente de estágio, com a duração de três meses, na qual os formandos terão de elaborar um projeto de implementação de um percurso pedestre, com o auxílio de um tutor.

A equipa de formadores é composta inteiramente por Técnicos de Percursos Pedestres da FCMP, com uma vasta experiência na área da implementação de percursos pedestres de Pequena Rota® (PR®) e de Grande Rota® (GR®), designadamente noutras federações congéneres e/ou empresas em Portugal e no estrangeiro: Pedro Cuiça, Rúben Jordão, Javier Aradas e Manuel Franco.

Ambos os cursos foram validados pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) como ações de formação contínua com vista à atribuição de Unidades de Crédito para revalidação de Títulos Profissionais de Treinador de Desporto (TPTD) em Pedestrianismo. Cada um dos cursos aufere 6 Unidades de Crédito.


© PC

 

Unidades Curriculares (UC)

UC1: Pedestrianismo e Percursos Pedestres

UC2: Homologação e Implementação de Percursos Pedestres

UC3: Caminhos e Percursos Pedestres: Enquadramento Legal

UC4: Elementos de Cartografia e Orientação Clássica

UC5: Elementos de Cartografia Digital, GPS e Software

UC6: Reconhecimento, Design e Projetos de PP

UC7: Implantação/Marcação de PP

UC8: Protocolo de Vistoria e Homologação de PP

UC9: Promoção de PP

UC10: Qualidade de Manutenção de PP

UC11: Segurança e Risco em PP

UC12: Ética e Deontologia em PP

 

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Saúde, Espiritualidade e Arte

 



O lançamento online do livro “Saúde, Espiritualidade e Arte: a força de criar, dançar, cantar, rezar e fazer cura” está agendado para dia 19 de julho, no Brasil, às 15:00, na Argentina, às 13:00, e em Portugal, às 19:00. A obra, coordenada pela Profª Dra. Silvia Regina Paes e editada pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), reúne um conjunto diversificado de temáticas e autores de três países: Brasil, Argentina e Portugal.

Segundo a Profª Silvia Paes: «Os temas do livro “Saúde, Espiritualidade e Arte” representam a importância das ciências ligadas à saúde se abrirem para temáticas que, geralmente, não fazem parte do seu rol de interesse no campo da pesquisa e mesmo da extensão». É neste contexto de grande abrangência temática, assumidas visões holísticas e mais além, que os artigos deste livro evidenciam «diferentes possibilidades para a reflexão sobre a saúde, a espiritualidade e a arte em diversas perspectivas de análise». Os artigos, que constituem esta obra, são os seguintes:

1.     Saúde e espiritualidade na perspectiva dos povos Tupi – Sassa Tupinambá

2.     Natureza Templo – Larissa Malty

3.   Se não sente, sint(r)a: caminhadas liminares na natureza (mais do que) humana – Pedro Cuiça

4.    A água enquanto fonte de cura: reflexões sobre os trabalhos corporais aquáticos e o uso artístico, terapêutico e espiritual da água – Bárbara Carolina Medeiros de Tompa

5. Conexões invisíveis: espiritualidade, saúde e arte em unidade nas culturas tradicionais – Silvia Regina Paes

6.  Vale do Jequitinhonha: interculturalidade, intersubjetivação e encantaria – Déa Trancoso

7.    Educação, Saúde e Espiritualidade: Mulheres e Homens caminhando em tempos de transição – Conceição Clarete Xavier Travalha 

8.     Amar e Vadiar – Marcos Vinícius Bortolus

9.    El Arte y el Juego: habitar otro tiempo – Diana Diez

10. Existe algo além – Luiz Eduardo Tibães

O lançamento de Saúde, Espiritualidade e Arte” constituirá uma oportunidade ímpar de conhecer a obra e conversar com os autores. Para participar basta usar o link: https://meet.google.com/mvq-ggjt-ayt. A edição em formato eBook será disponibilizada online gratuitamente, prevendo-se uma futura edição em papel.


terça-feira, 2 de julho de 2024

Mestrado em Ecologia Humana



Na década de 1920 surgiu, pela primeira vez, um estudo, no âmbito da ecologia humana, sobre os esquimós do noroeste da Gronelândia, publicado na revista Ecology (1921), da autoria de Elmer Ekblaw, no qual esse geólogo, botânico e ornitólogo analisou as relações entre a antropocenose e os ambientes biótico e abiótico. A abordagem inovadora de Ekblaw passou quase despercebida, o que também aconteceu com outros artigos científicos, na época, como foi o caso d’A humanização da ecologia – Todas as formas de vida em relação com o ambiente, também editado na Ecology (1922), da autoria de Stephen Alfred Forbes.

A ecologia humana constitui, hoje, um diversificado corpo de conhecimento, com investigação em inúmeras áreas do saber. Foi neste âmbito que pude aprofundar os conhecimentos que trazia das licenciaturas em Geologia e em Ciências do Ambiente, e empreender investigação no mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos, sobre percepções de conexão à natureza em caminhadas pedestres. Uma experiência muitíssimo gratificante que irá terminar no próximo dia 4 de Julho com a defesa da dissertação.

A terceira fase de inscrições no Mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais Contemporâneos está a decorrer, até dia 22 de Julho, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa (UNL). Esta é certamente uma oportunidade única de aprofundar questões ecológicas e ambientais sob uma perspectiva transdisciplinar e aliciante que aconselho vivamente.

Para saber mais sobre o que é a Ecologia Humana pode consultar, por exemplo, a obra História e Epistemologia da Ecologia Humana ou o último número da revista Ecologias Humanas (vol. 10, nº 11, de Junho de 2024), editada pela Sociedade Brasileira de Ecologia Humana.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

"Indevidos"

 ESTRANHOS SÃO OS "INDEVIDOS"

Um fenómeno a que temos vindo a assistir, nas últimas décadas, é a apropriação indevida de caminhos públicos por parte de indivíduos proprietários de terrenos onde esses caminhos passam. Basta encerrar a passagem e/ou colocar sinalética do tipo "propriedade privada" ou "acesso proibido" e aquilo que era público passa, supostamente, a privado. A Herdade da Comenda é talvez o mais mediático exemplo de uma corriqueira e costumeira prática de norte a sul do território nacional.
Nos países nórdicos existem leis que defendem o direito de passagem dos caminhantes, no nosso país existem práticas que premeiam a "xico-espertice" de alguns em detrimento do pretenso direito constitucional da passagem de todos (Artigo 44° da Constituição da República). Se já não bastasse a destruição dos últimos redutos de natureza, acresce agora esta "peculiar" forma de interdição de acesso à mesma!... E, depois, admiram-se que haja desconexão generalizada à natureza ou défice de conexão à natureza, com todas as consequências negativas no que concerne a saúde e o bem-estar dos "cidadões". Manifesta evidência da iliteracia de um país em que, pelos vistos, o fado continua a "inducar" e o vinho a "instróir"!


[Foto: Facebook via Carlos Marques da Siva]

ATENÇÃO AO MALICIOSO

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