sexta-feira, 9 de junho de 2023

(Im)perfeito (a)normal

 


Hoje de manhã, ouvi na rádio Observador uma notícia acerca da consternação dos apicultores face às enormes quebras (da ordem dos 85%) na produção de mel, problema com que têm vindo a ser confrontados de alguns anos a esta parte e que subsiste em 2023. Queixam-se da seca e dos incêndios florestais... Uma senhora disse que não se vê uma cobra, lagarto ou coelhos nesses campos, e as perdizes são pouquíssimas! Preocupante, de veras muito preocupante.

Por seu lado, no Canadá registam-se gigantescos incêndios florestais, tendo já sido enviados centenas de bombeiros dos Estados Unidos para ajudar, tal como de diversos países da União Europeia, entre os quais Portugal, Espanha e França. Problema que também não é de hoje: os incêndios anuais são recorrentes, a par do recuo dos glaciares de vale e dos desmoronamentos em altitude nas Montanhas Rochosas.

De resto, «tudo normal em Queluz Ocidental»: o mel vem dos supermercados, os frangos dos aviários, a época dos incêndios florestais televisivos ainda não chegou e campos é mais electro-magnéticos. Para quem está habituado a calcorrear ambientes virtuais, em vez de andar a pé pelos campos (naturais?), é normal que tudo esteja normal: trata-se de um notório fenómeno de normose! E depois há aqueles que sabendo distinguir um granito de um tijolo não acreditam nas alterações climáticas, como se isso fosse uma questão de fé… ou, sequer, de fezada!. 

E assim vai o (i)mundo!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário